Entenda como foi a participação de Cuca na negociação de Diego Souza

Futuro técnico do São Paulo avisou à diretoria que sua ideia é montar um time mais leve e que Diego Souza não teria tanto espaço. A partir daí, Tricolor decidiu negociá-lo

Coletiva Cuca - São Paulo
Cuca está em Curitiba, mas participa do planejamento do São Paulo - FOTO: Divulgação/Twitter

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Cuca ainda não assumiu efetivamente o São Paulo, mas já tem participação fundamental no planejamento do clube para o segundo semestre. A saída de Diego Souza para o Botafogo é o primeiro ato da remontagem de elenco que o técnico pretende fazer. Qualquer chegada ou saída de jogador terá a anuência dele.

Cuca avisou à diretoria que Diego dificilmente teria espaço no São Paulo que ele considera ideal, mais leve e veloz. O clube, então, começou a ouvir propostas pelo jogador de 33 anos e a informar o técnico sobre o andamento das conversas.

Por entender que se trata de um atleta valioso e com potencial para se destacar no Brasileirão, o São Paulo agiu sem pressa e fez diversas exigências aos interessados para não liberá-lo "de graça". O Sport, que não conseguiria contratar o atacante sem a ajuda do Tricolor no pagamento dos salários, ficou pelo caminho. O Botafogo avançou nas tratativas justamente depois de garantir que conseguiria bancar 100% dos vencimentos de Diego.

O São Paulo colocou outras cláusulas de "proteção" no contrato de empréstimo ao Botafogo, incluindo a possibilidade de ter Diego Souza de volta em 2020 (veja todos os detalhes aqui).

Em meio à negociação, Cuca sugeriu ao clube que tentasse uma troca pelo atacante Luiz Fernando, de 22 anos. O Botafogo não o liberou imediatamente, mas deu ao São Paulo a possibilidade de cobrir qualquer oferta que apareça por ele até dezembro de 2021.

Luiz Fernando tem o perfil "emergente" que Cuca aprecia: jovem, sem grife e com potencial para se desenvolver, exatamente como eram o atacante Róger Guedes e o volante Tchê Tchê quando chegaram ao Palmeiras indicados pelo treinador, em 2016. 

Guedes e Tchê Tchê, aliás, foram dois dos nomes sugeridos por Cuca à diretoria do São Paulo, mas custam caro e são difíceis de contratar. O atacante está no Shandong Luneng (CHN) e o volante defende o Dínamo de Kiev (UCR). 

O Tricolor vive situação financeira delicada. O orçamento do ano previa que o clube chegasse pelo menos às quartas de final da Libertadores. Com a queda na fase preliminar, abriu-se um rombo que reduz a capacidade de investimento.

Para contratar reforços pedidos por Cuca, independentemente de quem sejam, o São Paulo é obrigado a reduzir sua folha salarial. A saída de Diego Souza é boa nesse sentido: nas contas do clube, a economia chegará perto dos R$ 8 milhões até dezembro. Nenê, que está na mira do Fluminense, pode ser o próximo a se despedir.

Cuca deve assumir o São Paulo após a participação do clube no Paulistão. Até lá, Vagner Mancini segue como interino. Depois, retorna ao posto de coordenador técnico.

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