Diniz: ‘Os ganhos de voltar o futebol agora não equivalem aos riscos’

Técnico do São Paulo concorda com a diretoria, que se posicionou contra a volta imediata do futebol em São Paulo. No Rio Grande do Sul, Inter e Grêmio já treinam

Fernando Diniz - Treino São Paulo
Fernando Diniz torce para que o Paulista termine em campo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Fernando Diniz, técnico do São Paulo, concorda com a diretoria do clube: o futebol não deve ser retomado imediatamente. Nesta semana, uma reunião na Federação Paulista de Futebol estabeleceu que todas as equipes do Paulistão voltarão a treinar no mesmo dia, que só será definido quando houver segurança total para a saúde dos envolvidos.

- Os ganhos provenientes de uma volta agora não equivalem minimamente ao risco. Estou de acordo com o que foi decidido aqui em São Paulo - disse Diniz, em entrevista ao Esporte Interativo.

Restam duas rodadas da fase de classificação e as quatro datas dos mata-matas: quartas de final e semifinal em jogo único e final em ida e volta. O São Paulo de Fernando Diniz já está classificado para a segunda etapa da competição.

Questionado sobre a possibilidade de encerrar o campeonato fora de campo e entregar a taça ao Santo André, que liderava a classificação geral, o são-paulino se posicionou de forma contrária:

- De maneira alguma. Não acho que deveria haver campeão nesse caso. Historicamente, classificar na frente não é um indicador muito forte de que vá ser campeão. Teria que ficar sem campeão. Mas eu acho que vai caber na agenda a volta dos Estaduais, porque a última coisa que vamos poder fazer será pegar avião. Aqui faltam cinco ou seis dadas. Seria até uma preparação para os campeonatos que viriam na sequência, Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. Provavelmente o Paulista se encaixa, tomara que a gente consiga terminar. Eu tenho o desejo de que termine - disse, antes de admitir que a paralisação não veio em boa hora para sua equipe:

- O São Paulo vinha em um momento muito bom, com os resultados acompanhando a performance, embora no ano passado eu ache que o time também foi bem. O time teve uma competência emocional bem fora da curva, sempre soube decidir bem os jogos importantes em que não havia margem para erro. Ano passado foi um exercício para criar uma casca emocional. Fizemos alguns ajustes táticos, aproveitamos muito bem o período em Cotia, trabalhamos algumas semanas cheias que também ajudaram a evoluir. No momento em que conseguimos traduzir a performance em resultado efetivo, houve a paralisação. Não foi o melhor momento para parar. Demoramos seis meses para atingir esse estágio.

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