Com números melhores do que em 1ª passagem no São Paulo, Ceni atinge 50 jogos com problemas a resolver

Mesmo com aproveitamento melhor nesta segunda passagem pelo Tricolor paulista, o treinador ainda tem algumas pendências para resolver para o restante da temporada

São Paulo Rogério Ceni
Rogério Ceni tem números melhores na segunda passagem do que na primeira (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

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Rogério Ceni completou 50 jogos sob o comando do São Paulo, na derrota por 1 a 0 para o Botafogo na tarde desta quinta-feira, desde quando assumiu a equipe em outubro do último ano. Em números, o desempenho do treinador é melhor quando comparado a primeira vez que trabalhou como técnico do Tricolor paulista, em 2017.


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Nestes 50 jogos, foram 25 vitórias, 14 empates e 11 derrotas. Já na primeira passagem, foram 36 jogos, com 14 vitórias, 13 empates e 9 derrotas. Traduzindo os números em aproveitamento, Ceni guarda uma média melhor atualmente do que há cinco anos.

Desde outubro de 2021, o técnico obteve 59,3% de aproveitamento. Em seu primeiro trabalho, encerrou seu ciclo na equipe com 50,9%. Porém, mesmo com números razoavelmente melhores, Rogério Ceni ainda tem alguns problemas e pendências a resolver.

Vindo de uma derrota recente nesta quinta-feira (16), contra o Botafogo, o ídolo ainda não conseguiu estabelecer uma boa sequência de vitórias pelo São Paulo em disputas fora de casa. 

Neste Campeonato Brasileiro, não ganhou fora do Morumbi nenhuma vez. Até agora, foram duas derrotas e cinco empates. O desempenho como visitante também não agrada levando em consideração toda a temporada 2022. Das 19 disputas fora de casa, foram apenas seis vitórias, com oito empates e cinco derrotas.

Além deste problema, há outro que assola o trabalho do treinador: a pontaria do elenco. De acordo com dados do FootStats, nas últimas 4 rodadas do Brasileirão, o São Paulo acertou apenas 2,75 chutes por jogo. A equipe está à frente apenas de um time no quesito, o Juventude.

A pontaria do Tricolor paulista foi de apenas 23% nestes últimos jogos, índice que se assemelha ao de equipes do Z4 da tabela do Brasileirão.

O departamento médico também se tornou uma dor de cabeça. No último confronto, Ceni teve que lidar com o desfalque de sete nomes por conta de lesão. Incluindo jogadores importantes, como Nikão, Sara e Caio. Os últimos dois nem devem voltar nesta temporada, assim, o treinador perde um bom nome para o meio de campo e um dos únicos atletas de velocidade do elenco.

Isso acende um alerta para uma possível busca por reforços. Sem Caio e Marquinhos - que foi transferido para o Arsenal - um dos focos será a busca por um ponta veloz, que consiga suprir a função que estes dois nomes cumpriam.

Embora o técnico do Tricolor tenha negado que esteja na procura de alguém, Marcos Guilherme passou a ser especulado nesta semana

E é nesta situação que Rogério Ceni deve enfrentar um dos seus maiores desafios como treinador do São Paulo: a sequência de dois clássicos contra o Palmeiras - que vem de uma vitória recente por 4 a 2 contra o Atlético-GO, e é o atual líder da tabela, com 25 pontos.

Nesta segunda-feira (20) encara a equipe de Abel Ferreira em casa pelo Campeonato Brasileiro. Na mesma semana, na quinta-feira (23), terá o clássico válido pela primeira fase das oitavas de final da Copa do Brasil, também no Morumbi.

Com uma sequência dura pela frente, o treinador tem muitos pontos para resolver. Com o DM cheio e baixa probabilidade que os lesionados já sejam liberados, as opções para escalação ficam limitadas.

Além disso, existe a busca de alcançar o G4 novamente e garantir vantagem na Copa do Brasil - uma vez que o Tricolor paulista mira conquistar o título inédito.

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