Ceni lamenta saída de Baptista e diz: vai evitar brigas com a imprensa

Técnico do São Paulo acredita que embates com jornalistas só trazem prejuízos aos treinadores, mas garante compreender desabafo do colega demitido no Palmeiras

Ceni e Baptista iniciaram seus trabalhos em janeiro deste ano em São Paulo e Palmeiras, respectivamente
Erico Leonan/saopaulofc.net

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Na noite da última quinta-feira, o Palmeiras decidiu demitir o técnico Eduardo Baptista, mesmo com aproveitamento de mais de 66% dos pontos. Horas depois, já na manhã desta sexta-feira, o assunto chegou ao rival São Paulo e o técnico Rogério Ceni resolveu defender o colega de profissão. Ambos iniciaram juntos seus trabalhos em janeiro neste ano nos clubes paulistas.

- Lamento a saída do Eduardo, porque via um ótimo trabalho, com 66% de aproveitamento, quase classificado na Libertadores e eliminado de forma inesperada pela Ponte Preta. Poderia levar o Palmeiras muito longe, assim como o próximo treinador poderá, pela qualidade do elenco - opinou Ceni.

O treinador são-paulino ainda foi questionado se a postura de Baptista na semana passada, quando concedeu entrevista coletiva exaltado e bradando contra a imprensa, interferiu na decisão do Palmeiras em mandá-lo embora. O episódio aconteceu após a virada por 3 a 2 sobre o Peñarol no Uruguai. O campeão brasileiro Cuca é o favorito para o posto no Alviverde.

- Eu entendo perfeitamente o modo que ele se comportou na semana passada. Eu não leio muito (a imprensa), mas vejo pessoas dando opiniões bem formatadas e outras que colocam algo mais apimentado em virtude da audiência de seu programa. E tudo bem, cada um tem sua razão. Eu não perderia meu tempo brigando com vocês, não ganharia nada, mas tinha um contexto da virada sobre o Peñarol, a briga, jogadores tomando pontapés. Você ter uma vitória épica dessa faz os nervos saltarem e você desabafar. Ele falou, em grande parte, uma verdade, mas hoje, antes de um treino, falo mais tranquilo. Ele tinha uma adrenalina diferente, não dá para julgar - ponderou, antes de completar sobre o próprio trabalho no São Paulo:

- O Chelsea passou 11 jogos sofrendo gols consecutivamente e é o líder do Campeonato Inglês. Aqui, passamos por algo parecido e fomos muito criticados. Na comissão técnica, pesam números como posse de bola, passes, mas fora só importam os dois números do placar. Só resultado. Claro que meu objetivo era ser campeão, estar na final do Paulistão, mas além disso os números que apresentamos são importantes para desenvolver um trabalho em cima deles ao longo do tempo, não só sobre resultados.

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