Soberanos do MorumBIS

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Calleri amassa o River, São Paulo amplia séries no Morumbi e renasce

Tricolor sobra em disposição e raça e anula as principais armas dos visitantes; Jony enlouquece argentinos e chega a sete gols na Copa Libertadores<br>

Libertadores - São Paulo x River Plate (foto:Mauro Horita/LANCE!Press)
Escrito por

Edgardo Bauza prometeu: o São Paulo chegaria forte às decisões. Quem duvidava, pensava nos problemas enfrentados nos jogos mais duros até aqui. Quem acreditava, confiava na nova personalidade, ainda adormecida, do Tricolor. E foi assim, aguerrido até a última gota de suor, que a equipe de Patón amassou o River Plate (ARG), venceu por 2 a 1 e manteve as séries perfeitas que defendia no Morumbi pela Copa Libertadores da América - 100% contra argentinos no estádio (nove jogos) e seis vitórias seguidas em casa no geral na Copa. E, claro, graças a Jonathan Calleri. Veja a repercussão nos vestiários.

Jony sabe o que quer e, acima de tudo, sabe que tem pouco tempo para fazer. É assim que ele coloca a mão na massa e conduz os companheiros para uma marcação mais intensa a cada partida. O que esperar, então, do reencontro com seu rival íntimo dos tempos de Boca Juniors? O sangue do argentino ferveu com o Morumbi lotado e, depois de 28 minutos, retribuiu ao fazer o caldeirão borbulhar com um "derechazo", como definiu o Diário Olé. Confira como foi a partida lance a lance no Morumbi.

Antes de ver Calleri afundar Barovero aproveitando cruzamento de Bruno, o São Paulo já havia perdido três boas chances e esbarrava em tática eficiente de Marcelo Gallardo. Mas em uma noite de Libertadores com casa cheia, é preciso mais do que organização. Valeu, é claro, a perfeição de João Schmidt e Ganso nos passes, mas o que mudou tudo foi a entrega de Hudson, Maicon e companhia.

O River entendeu que seria necessário mudar muito para tentar incomodar os paulistas. Denis pôde assistir ao jogo porque seus volantes eram impecáveis e muito bem guarnecidos pelos zagueiros. Os visitantes, porém, mudaram. Entraram na pilha e ameaçaram pressão, abafada por um Denis seguro como nunca. E como dito há pouco, os argentinos entravam na pilha. Até demais.

Hudson, elétrico e incansável, cavou falta na ponta esquerda e Michel Bastos foi para a cobrança. O meia era quem destoava no Tricolor, mas caprichou para dar sua quarta assistência no ano, aos 14 da etapa final. E adivinha quem se atirou na área como se não houvesse amanhã? Calleri, claro. O jogador de "huevos", de "jerarquia", como gostam de dizer os hermanos. Jony não para. Já são dez gols no ano, sete na Libertadores, três a menos do que o lendário Pedro Rocha, o maior artilheiro estrangeiro do São Paulo no torneio internacional.

Depois de tanta entrega, o talento sobrou com os chapéus de Ganso. E Patón aproveitou para descansar Calleri, o dono da noite, substituído por Alan Kardec. O problema é que a rotação são-paulina caiu demais e nova desatenção de Denis permitiu que o River descontasse aos 37 minutos. O gol de Alonso interrompeu série de cinco jogos do São Paulo sem levar gols no Morumbi pela Libertadores, mas não evitou o sexto triunfo consecutivo no estádio pelo torneio.

E mais: na Libertadores, agora são nove encontros com argentinos no Morumbi e nove vitórias. O Tricolor renasce na temporada, chega a oito pontos no Grupo 1 e depende de um empate contra o The Strongest (BOL) na quinta-feira da próxima semana para chegar às oitavas de final. O River tem a mesma pontuação, mas lidera a chave no saldo. Já no domingo, às 18h30, Edgardo Bauza terá de começar a cumprir a promessa de alcançar a final do Campeonato Paulista, no duelo das quartas contra o Osasco Audax.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 1 RIVER PLATE

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data-Hora: 13/4/2016 - 21h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Andrés Cunha (URU)
Auxiliares: Carlos Pastorino (URU) e Nicolás Tarán (URU)
Público/Renda: 51.342 pagantes / R$ 2.550.465,00
Cartões amarelos: Calleri e João Schmidt (SAO), Mercado, Domingo (RIV)
Cartões vermelhos: Vangioni e João Schmidt
Gols: Calleri 28' 1ºT (1-0); Calleri 14' 2ºT (2-0); Iván Alonso 38' 2ºT (2-1)

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; João Schmidt, Hudson, Kelvin (Thiago Mendes 33' 2ºT), Ganso e Michel Bastos (Centurión 37' 2ºT); Calleri (Alan Kardec 26' 2ºT). Técnico: Edgardo Bauza

RIVER PLATE: Barovero, Casco, Mercado, Balanta e Vangioni; Mayada, Nico Domingo, Fernández (Bertolo 29' 2ºT) e D'Alessandro (Lucho González 23' 2ºT); Mora e Alario (Iván Alonso 29' 2ºT). Técnico: Marcelo Gallardo