Berço da libertação peruana inspira São Paulo para a saga pelo tetra

Cidade de Trujillo foi a primeira do Peru a se libertar do domínio espanhol no Século 19 e será palco da estreia do Tricolor na Copa Libertadores nesta quarta-feira<br>

Praça das Armas Peru (foto:Ari Ferreira/LANCE!Press)
O marco zero de Trujillo é a Plaza de Armas, com monumento à independência (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)

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- Chegou a hora, vamos para o jogo - sentenciou Michel Bastos, sobre o início da caminhada do São Paulo na Copa Libertadores, assim que o Tricolor pousou em território peruano, na última terça-feira à tarde.

Nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), a equipe terá pela frente o Cesar Vallejo (PER) para largar em vantagem no confronto eliminatório que dará lugar ao vencedor na fase de grupos do torneio continental. E nada melhor do que começar as aventuras pelo tetracampeonato em uma cidade como Trujillo, um dos berços da libertação sul-americana do domínio dos colonizadores europeus no século 21.


O município localizado ao norte da capital Lima respira história. Foi a primeira região do Peru a conquistar a independência da Espanha, no ano de 1820, tendo o lendário libertador Simon Bolívar como um de seus pilares da revolução. O orgulho pela importância política também é percebido pelo fato de a cidade ser capital do departamento de La Libertad e pelas ruas, museus e monumentos em homenagem aos heróis.

Mas a história da "capital da eterna primavera" vai muito além. Em Trujillo, antes da chegada dos espanhóis, a soberania pertencia a uma civilização chamada "moche". Os europeus colonizadores, a princípio, acreditavam que se tratava apenas de mais uma parcela do povo inca, o mais reconhecido nas raízes do país, mas o que foi descoberto anos mais tarde foi uma cultura completamente distinta. Prova disso é que Trujillo é um dos centros culturais do Peru com seus sítios arqueológicos e uma tradicional feira do livro.

Se o centro da cidade se desenvolveu a partir da Plaza de Armas, símbolo da independência, e a Catedral Metropolitana, herança espanhola, é na periferia que os traços dos moches ainda tenta sobreviver nas ruínas de barro de Chan Chan e nas Huacas del Sol y Luna. Em um local repleto de história, há inspiração de sobra para os são-paulinos diante de um rival que pouco atrai o carinho dos moradores de Trujillo e que preferiu escolher um ícone da literatura peruana do século 20 para homenagear.


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