Antes sinônimo de triunfo, Liberta vira pedra no sapato do São Paulo

Time caiu na fase de grupos pela primeira vez em 33 anos e, mais recentemente, vem colecionando quedas e cada vez mais se distancia de glórias no torneio continental

River Plate x São Paulo
São Paulo soma nova eliminação, desta vez na fase de grupos, depois de 33 anos (Foto: Agustin Marcarian/POOL/AFP)

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O torcedor do São Paulo está cansado de saber que o último título conquistado na Copa Libertadores aconteceu apenas em 2005. De lá para cá, foram muitas frustrações, alguns vexames e quedas dolorosas, como a da última quarta-feira, na fase de grupos. Raí, ex-jogador, ídolo e diretor executivo do Tricolor, falou sobre essa dor.

– Por isso que eu falo de dor. Eu sei, conheço o que é a Libertadores. Já venci e sei o que é isso. Sei a importância que ela tem para a torcida do São Paulo. Foram várias eliminações, são vários anos de xeque que o São Paulo vem passando, então muita coisa para ser avaliada no clube, no nosso trabalho – iniciou ele em entrevista ao “ge” após a derrota e a consequente eliminação precoce no torneio continental.

Neste ano, o São Paulo já havia sido eliminado no Campeonato Paulista pelo Mirassol, em pleno Morumbi, e muitas críticas caíram em cima de elenco e Fernando Diniz, bancado no cargo após o ocorrido. Agora, veio essa queda contra o River Plate, com a derrota por 2 a 1 e uma campanha com apenas uma vitória em cinco jogos.

Para se ter uma ideia, a última vez que o Tricolor havia sido eliminado na fase de grupos foi em 1987, há 33 anos. Naquela ocasião, o time somou, em seis jogos disputados, uma vitória, dois empates e três derrotas – números que muito se assemelham a essa edição. Anteriormente, uma eliminação nesta fase só tinha acontecido em 1982 e 1978. Se serve como consolo, depois da tempestade, o arco-íris apareceu, e o time foi campeão em 1992, 1993 e 2005.

Dessa última conquista para cá, foi apenas um vice-campeonato (2006), duas quedas nas semifinais (2010 e 2016), duas nas quartas de final (2008 e 2009) e três nas oitavas (2007, 2013 e 2015), sem esquecer que a equipe não participou nas edições de 2011, 2012 (campeão da Sul-Americana, seu último título conquistado), 2014, 2017 e 2018, além de ter caído na Pré-Libertadores em 2019, contra o Talleres.

Os resultados recentes, tirando a semifinal de 2016, são bem ruins para a equipe, principalmente nos quatro últimos anos. No entanto, Raí, que está no cargo justamente desde o fim de 2017, não perde as esperanças.

- É um time grande e sei que vamos passar dessa fase, vamos voltar a vencer. Temos que seguir trabalhando, seguindo no caminho que a gente sabe que tem que tudo que foi feito até aqui nesse último ano, principalmente com o Diniz. A gente sabe que tem muita coisa a melhorar e tem capacidade para melhorar – finalizou.

As competições que restaram para essa temporada foram o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Na primeira, o Tricolor é o terceiro colocado no momento e enfrentará o Coritiba no domingo buscando se reerguer do baque. Já na segunda, após sorteios das oitavas na última quinta-feira de manhã, a equipe enfrentará o Fortaleza, de Rogério Ceni.

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