'Tiozinho' da defesa, Victor Ferraz divide experiência e confia em garotos
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Gustavo Henrique, 22 anos. Paulo Ricardo, 21. Zeca, também 21. E mesmo assim a média de idade dos jogadores de linha da defesa do Santos consegue ser de 23 anos. A razão? Victor Ferraz. Aos 27, o lateral-direito será o "tiozinho" da zaga do Peixe neste domingo, às 11h, contra o Internacional, na Vila Belmiro. Ao lado do goleiro Vanderlei, ele é o único do setor que não foi revelado na base, e o único que atuou por mais de um clube na carreira. Sem essa de "Menino da Vila"!
– O Santos tem essa característica. Diretoria, treinadores e torcida abraçam os jogadores mais jovens aqui, o que nos outros times não costuma acontecer tanto. Há uma confiança muito legal para entrar e jogar, então isso que tem acontecido. A rapaziada tem muita qualidade e está dando conta do recado – disse, ao LANCE!, o mais experiente da defesa do Peixe para o importante jogo da manhã de domingo, pela 28ª rodada do Brasileirão. Uma vitória contra o rival direto pode devolver o Peixe novamente à batalha pelo G4.
O Santos ocupa atualmente a oitava posição da tabela, atrás de Corinthians, Atlético-MG, Grêmio e Palmeiras, os quatro integrantes do grupo de classificados à Libertadores, além de São Paulo, Flamengo e o próprio Internacional. O Palmeiras está quatro pontos à frente, algo inalcançálvel nesta rodada. Mas os outros ainda podem ser passados pela garotada que Dorival mandará a campo.
A defesa só terá tantos jovens porque David Braz e Werley foram expulsos no clássico da semana passada contra o Corinthians e abriram espaço para Paulo Ricardo, que vinha sendo utilizado mais como volante. Victor Ferraz, titular incontestável desde o início da temporada (ao contrário de todos os outros), sabe o que os garotos precisam fazer para se firmar no time.
– O Serginho Chulapa sempre cobrou que a gente converse mais, se fale mais, e estamos fazendo isso, falando com a segunda linha para sempre jogar compactado, trocando orientações. E nisso damos a liberdade para os mais jovens falarem também. Esse é um dos pilares desse momento do Santos – completa o ala.
Para quem já jogou por sete clubes, diferentes divisões e níveis de competição, e foi de terceira opção a titular absoluto do Santos em menos de um ano, a experiência pode fazer a diferença. Mas os meninos também precisam ajudar na briga pelo G4.
– O sonho é chegar à Libertadores. Estamos determinados nisso.
BATE-BOLA com VICTOR FERRAZ
LATERAL DO SANTOS, AO LANCE!

Você também tem uma responsabilidade de orientar os garotos? Como o Daniel Guedes, que é da sua posição e tem oscilado?
Tenho um papel fundamental. Assim como me ajudaram bastante quando eu estava começando, vejo como função minha hoje. O Daniel é um menino da minha posição, promissor, com um futuro muito grande. Ele precisa saber que são coisas que acontecem no futebol jogar uma partida boa e outra nem tanto. Você não pode se deslumbrar quando faz um bom jogo e nem se desesperar quando joga uma ruim.
Ter jogadores de Seleção no grupo ajuda a passar experiência?
É importantíssimo ter no elenco jogadores de Seleção. Além de chamar atenção para o clube, o menino começa a ver que é algo alcançável. Os mais jovens podem se espelhar e saber que mostrando o futebol deles, o time vencendo e conquistando títulos, podem acabar indo também.
Quando você era mais jovem, quem foi um 'Victor' para você?
Alex foi um, Lincoln, o meia que jogou no Schalke da Alemanha, o Márcio goleiro do Atlético-GO. Tive alguns caras que sempre conversaram comigo e aquilo que eles me ensinaram eu procuro passar para a rapaziada aqui dentro do Santos.
Você virou titular esse ano, foi campeão pelo Santos, já marcou casamento... O que ainda falta?
O ano tem sido maravilhoso. Creio que falta consolidar com o título da Copa do Brasil ou o G4 do Brasileirão. Se tudo isso se concretizar vai ser um ano fantástico, porque ainda teve meu primeiro gol pelo Santos. Cada vez mais fazendo meu trabalho e o time vencendo títulos, o maior sonho é beliscar vaga na Seleção. Quem sabe esse pessoal indo o Dunga não olha para a gente e tem mais um presente.
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