Manobras por renovação de Thiago Maia podem 'custar caro' ao Santos
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O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, já avisou que "não tem mais conversa" com Juan Figer, empresário do volante Thiago Maia. A discussão pela renovação do contrato do jogador de 18 anos de idade, porém, está longe de acabar, e pode trazer complicações para os dois lados pela proximidade do fim do vínculo: fevereiro de 2016.
O Santos ofereceu a renovação por meio de um pré-contrato que seria válido a partir de março. Segundo esse modelo, o clube ficaria com 100% dos direitos econômicos, e não mais 72%, como possui hoje. Em uma futura negociação, 30% do lucro seria repassado ao Grupo Figer, que não pode ser dono de direitos econômicos segundo nova lei da Fifa, mas pleiteia participação na possibilidade de uma venda.

Thiago Maia é titular do Santos (Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)
Os outros 28% pertencem a uma empresa desconhecida que comprou a cota em 2013, por um valor baixo, da antiga diretoria. A estratégia de oferecer o pré-contrato agora é ficar com a totalidade dos direitos a partir de 2016, deixando de lado os investidores do passado, que ficariam de mãos abanando.
No entanto, há risco de complicações jurídicas se Thiago aceitar a proposta atual, pois a empresa dona dos 28% pode se sentir lesada pela manobra assinada durante a existência de sua participação e processar o Santos. Repassar 30% para Figer, por sinal, se encaixa nas possíveis penalizações desta nova lei que impede a participação de terceiros na divisão de direitos de um atleta – a punição envolve multa e perda do direito de fazer transferências por duas temporadas.
O empresário de Thiago Maia ofereceu a ampliação do contrato por quatro meses, de fevereiro a julho de 2016, para que as partes possam pensar em uma solução que não prejudique a empresa. O Santos considerou essa possibilidade uma "brincadeira" e teme que Figer queira negociar Thiago Maia com o futebol europeu na janela do meio do ano que vem, sem que o Santos receba nada pelo acordo.
Os conflitos entre Santos e Juan Figer já se arrastam há pelo menos dois meses, e não há data para uma nova reunião, já que o clube precisa definir quem assumirá as rédeas da negociação após o desabafo de Modesto. Em campo, o promissor meio-campista tenta manter o foco.
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