Cléber Xavier fala sobre pressão e projeta evolução do Santos com semanas livres
Santos saiu do Z4 com a vitória sobre o Juventude

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A vitória por 3 a 1 sobre o Juventude, na noite desta segunda-feira (4), no MorumBis, significou mais do que três pontos para o Santos. O resultado tirou o time da zona de rebaixamento e levou a equipe à 15ª posição, com 18 pontos — um alívio momentâneo em um Campeonato Brasileiro marcado por instabilidade.
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O desempenho da equipe continua longe de ser considerado ideal, mas o técnico Cléber Xavier apontou a importância de conquistar o resultado mesmo diante de um segundo tempo mais irregular. O Santos teve bom volume na etapa inicial, mas só conseguiu ter alívio concreto na parte final da segunda etapa.
— É um jogo difícil pela situação. Tentamos agredir no primeiro tempo, demos espaço para contra-ataque do Juventude, que também não vem bem. Conseguimos um 2 a 0, que nos deu tranquilidade para ir para o intervalo e organizar situações que não estavam bem. O gol no final trouxe uma pressão. Tentamos reorganizar. No segundo tempo houve equilíbrio e o Juventude se aproveitou. Quando fazemos o 3 a 1 dá mais tranquilidade. O mais importante era o resultado. Temos feito jogos bons e sem resultado. Hoje fizemos o primeiro tempo bom e o segundo tempo, que caímos, conseguimos a vitória que é o mais importante — analisou o treinador.
A relação com a torcida, por sua vez, segue marcada por exigência e cobrança, algo que a comissão enxerga como natural diante do momento do clube.
— Não posso exigir que a torcida aplauda e me apoie satisfeita com o time na zona do rebaixamento. Tenho que trabalhar. É o que temos feito. Temos discutido internamente, trabalhado, estudado os adversários. Queremos que o time cresça e por isso a importância do resultado. A torcida não vai estar satisfeita. Ela estará quando o Santos brigar por título, por Libertadores. Esse não é o momento, é o momento de sair. Se a torcida entende que tem que vaiar, o que posso fazer? Está no direito dela, mas ela incentivou. Foi bonito ver 37 mil torcedores gritando e ajudando. Quando jogamos fora de Santos e em Santos a torcida apoia. A vaia temos que aceitar e seguir trabalhando — afirmou Cléber Xavier.
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Embora tenha sofrido críticas por parte dos torcedores na noite desta segunda, Cléber Xavier garante que tem o apoio da diretoria.
— A questão do respaldo, a todo momento que estou no Santos, sempre me deram sustentação. O trabalho continua em todos os momentos. Essa é uma palavra que eles [dirigentes] podem dar —
A atuação também foi marcada por decisões estratégicas no segundo tempo. A substituição de Rollheiser, que já tinha cartão e corria risco de expulsão, foi pensada com cautela, e Mayke entrou para cumprir função semelhante, oferecendo segurança e experiência.
O elenco agora ganha uma semana cheia de treinos, o que é visto como um trunfo para um time que tem enfrentado dificuldades físicas e técnicas em meio à maratona de jogos.
— Ajuda muito. Temos que tirar proveito disso. Primeiro recuperar os atletas. O Campeonato Brasileiro é muito duro. Tivemos uma sequência de jogos quarta e domingo. Agora temos tempo para recuperar, trabalhar melhor, escolher a melhor equipe contra um grande adversário, que vai jogar na sua casa e é um líder do campeonato. Em agosto só temos jogos de domingo. Dois jogos em casa e dois fora. Ficamos felizes. Vamos curtir a vitória, recuperar bem e quarta-feira vamos começar a trabalhar para o jogo do Cruzeiro — explicou.
O próximo desafio será fora de casa, contra o Cruzeiro, líder da competição, no domingo. Com um calendário mais espaçado em agosto, a expectativa da comissão é de conseguir preparar melhor a equipe, recuperar jogadores e buscar mais consistência para sair definitivamente da parte baixa da tabela.

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