Weverton conta que se inspirou em Jailson para saber esperar a vez

Goleiro admite que chegou ao Palmeiras com a expectativa de ser titular para convencer Tite a levá-lo para o Mundial e explica como se manteve focado até o momento chegar

Weverton
Weverton ganhou a vaga de titular durante a pausa para a Copa do Mundo - FOTO: Cesar Greco

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Weverton chegou ao Palmeiras com a expectativa de começar a temporada como titular e o sonho de convencer Tite a levá-lo para a Copa do Mundo. Nenhuma das duas coisas aconteceu. O ex-goleiro do Atlético-PR ficou na reserva durante todo o primeiro semestre, algumas vezes como terceira opção, e não foi chamado para ir à Rússia. Foi preciso saber esperar o momento. E ele se inspirou em um de seus concorrentes para fazer isso.

Agora, passada a parada da Copa, Weverton foi fixado por Roger Machado como dono da posição. Ele foi titular nos três amistosos de pré-temporada e nos jogos contra Santos e Atlético-MG, já pelo Brasileirão. Nesta quarta, às 19h30, contra o Fluminense, começará jogando mais uma vez no Maracanã.

- Sendo bem sincero, tudo o que conquistei antes de chegar no Palmeiras só me ajudou até chegar aqui. A partir do momento em que pisei aqui, eu era só mais um, sem história no clube. Eu não iria chegar dono da posição, tomando o lugar de todo mundo. Eu tinha que lutar muito para conquistar meu espaço, ainda mais me deparando com Jailson e Prass. Acompanhei a história do Jailson, a forma como ele chegou, o Prass também. Eles não chegaram como unanimidades, mas conquistaram espaço. Óbvio que eu queria jogar, queria começar o ano jogando para o Tite me ver, ir para a Seleção. Óbvio que esse era meu plano, mas não posso não respeitar esses dois caras e a opção do Roger - disse o camisa 21, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

- Aprendi com os dois a saber esperar, ter humildade e trabalhar, principalmente com o Jailson. Ele não chegou jogando, teve dificuldade até ganhar seu espaço por mérito. Tive oportunidade de conversar com ele muitas vezes e aprender isso. A perseverança dele, saber lutar, foi importante para mim também. Em nenhum momento desanimei ou achei que tinha que sair para jogar. Era momento de entender como funciona o clube, a torcida. Hoje entro sabendo como funciona, a pressão, como é. Agora estou bem tranquilo, até na hora de jogar me sinto mais leve, solto e tranquilo - emendou.


Weverton era figura importante do Atlético-PR, clube que defendia desde 2012 e com quem tinha contrato até maio de 2018, mas explicou que não poderia deixar passar a oportunidade de jogar no Palmeiras - mesmo que isso representasse o risco de ser reserva e perder fôlego na briga para ir à Copa. 

- Estar no Atlético não me dava 100% de garantia de estar na Copa. Quando veio a oportunidade de estar no Palmeiras, eu não tinha como perder. Tem coisas na vida que você não pode perder. Eu não tinha garantia nenhuma de ir para a Copa. Eu tinha sido sete, oito vezes convocado pelo Tite, mas nas últimas eu não estava. Claro que eu tinha o sonho, mas não acabou minha vida por não ir para a Copa. A Seleção está aí. Como estou jogando, óbvio que vou criar expectativa de novo, sonhar outra vez.

Temerosa com as condições físicas de Prass e Jailson, que sofreram lesões graves nos últimos anos, a diretoria do Palmeiras topou pagar R$ 2 milhões ao Furacão para não precisar esperar o fim do contrato de Weverton, em maio, e tê-lo já em janeiro. Outra prova da confiança que o clube deposita nele é o contrato longo, de cinco anos. Como Prass (40 anos) e Jailson (37) têm contrato somente até o fim do ano, uma nova era pode ter se iniciado no gol do Verdão.

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