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Wesley supera dramas pessoais e começa a se destacar no Verdão

Wesley - Palmeiras x ABC (Foto: Ari Ferreira/ LANCE!Press)
imagem cameraWesley - Palmeiras x ABC (Foto: Ari Ferreira/ LANCE!Press)
Dia 21/10/2015
16:33
Atualizado em 29/02/2016
23:19

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Wesley é um novo jogador. De bem com a vida, curte o filho Lian, nascido há 11 dias, e tem se destacado como volante, sua posição preferida. Contra o ABC-RN, na sexta-feira, teve atuação de destaque e marcou seu primeiro gol em 35 jogos pelo Palmeiras. O ano passado, aos poucos, vai sendo esquecido.

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Contratado a peso de ouro pelo então presidente Arnaldo Tirone, em março de 2012, ele não conseguiu ajudar muito na luta contra o rebaixamento. Foram três jogos pelo Paulistão e um pela Copa do Brasil antes da grave lesão no joelho direito. Após mais de seis meses de tratamento, disputou apenas quatro partidas do Brasileirão, lesionou a coxa e voltou a jogar no início deste ano.

Fora de campo, o drama foi ainda maior. O tatuador Irineu Perpétuo Beltrame, padrasto do jogador, foi morto pela Polícia. Tratado como pai por Wesley na infância, Irineu foi o responsável por despertar nele a paixão pelas tatuagens, ao fazer o primeiro dos vários desenhos que o atleta carrega no corpo hoje em dia.

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Além disso, a esposa do jogador teve uma gravidez interrompida, o que adiou a alegria do primeiro herdeiro. Hoje, Wesley diz que aproveita as folgas para "fazer um vento com o moleque". Só as folgas, porque o trabalho tem de ser árduo para convencer o técnico Gilson Kleina

- É necessário falar do Wesley. Ele está comprometido, pedimos para dar mais dinâmica, para jogar na vertical, e ele tem feito isso. Ele está na função que estava querendo fazer, vindo de trás, e está bem - disse o comandante, que precisou improvisar o camisa 11 como meia em grande parte do primeiro semestre.

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Com o aumento de opções para a armação, Wesley teve seu desejo atendido. Em toda a atual sequência de três vitórias, atuou como volante, com liberdade para chegar à frente.

- Fico feliz por ajudar a equipe da melhor maneira, atuando na função em que mais gosto. Estou conseguindo me movimentar bem, ajudar os companheiros. Que continue assim - disse o "novo" volante do Verdão.

Wesley durante jogo contra o ABC-RN, um de seus melhores no clube (FOTO: Ari Ferreira)

OS MOMENTOS RUINS DE WESLEY:

Campanha sem sucesso
Para tirar o volante do Werder Bremen (ALE), no começo de 2012, a diretoria do Palmeiras criou uma campanha na internet, em que torcedores deveriam repassar quantias à negociação. A ideia era arrecadar R$ 21 milhões, mas o projeto não deu certo: conseguiu só cerca de R$ 700 mil. Com a ajuda de investidores, a diretoria conseguiu, finalmente, trazê-lo.

Lesão no joelho
Estreou no dia 28 de março, contra o Paulista, e em seu quarto jogo como titular lesionou o joelho direito ainda aos nove da primeira etapa do confronto com o Guarani, pelo Paulistão. Após a cirurgia, perdeu boa parte da temporada alviverde, ficando sete meses longe dos gramados.

Problemas familiares
Durante seu período de recuperação, Wesley perdeu seu padrasto, Irineu Perpétuo Beltrame, usuário de drogas e morto por policiais após tentar fugir de uma blitz na região de Catanduva. Eles, porém, tinham se afastado depois da separação de Irineu e Amélia, sua mãe, em 2011. Além disso, a esposa do volante engravidou em 2012, mas perdeu o bebê no início da gestação.

Retorno e queda
Recuperado, Wesley voltou a atuar no dia 20 de outubro, contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Entrou em momento delicado da temporada, com o time brigando contra o rebaixamento. Atuou em mais quatro jogos, mas uma lesão na coxa esquerda o tirou da partida contra o Flamengo, que decretou o rebaixamento alviverde.

"Fominha" improvisado
Jogou improvisado como armador nos primeiros jogos da temporada 2013, por conta das lesões de Valdivia e falta de mais opções. O jogador, porém, nunca escondeu que preferia atuar mais recuado. Como meia, o camisa 11 recebeu críticas da torcida e ficou marcado como um jogador "fominha".

OS MOMENTOS BONS DE WESLEY:

Agora, poucas lesões
Depois dos problemas físicos de 2012, Wesley conseguiu ter uma sequência com poucas lesões nesta temporada. Até agora, machucou-se apenas uma vez, um problema na coxa direita, mas que o tirou só de dois jogos: contra o Tigre, dia 2 de abril, e Ponte Preta, dia 7.

Na posição de origem
Depois de conversar com Kleina, ficou definido para o início da Série B que Wesley jogaria em sua posição de origem, como volante. A escolha, porém, fez com que ele iniciasse a competição na reserva, já que Márcio Araújo e Charles eram os titulares, junto do meia Tiago Real. Chegou a jogar contra ASA e Avaí, mas passou a ter uma sequência em sua posição nas últimas três rodadas, contra América-RN, Oeste e ABC, seu melhor jogo.

Assistências no Verdão
Apesar das críticas que recebeu por ser "fominha", Wesley já iniciou a jogada de sete gols palmeirenses neste ano. Junto de Vinicius, é aquele que mais criou lances de gol para o Verdão.

Fim do jejum
Embora seja considerado um jogador que chega bem no ataque, Wesley demorou para conseguir marcar gols no Verdão. Foi apenas na sexta, contra o ABC-RN, em seu 35º jogo, que o meio-campista conseguiu desencantar.

Moral com o chefe
Gilson Kleina nunca deixou de defender Wesley. Mesmo quando o jogador não vinha rendendo o esperado, o técnico fazia questão de exaltar o trabalho de seu comandado em entrevistas, até no momento em que o camisa 11 tornou-se reserva. O fato de o volante ter aceitado jogar fora de posição foi outro ponto valorizado pelo comandante alviverde.

"Moleque" motivador
O nascimento do filho, Lian, é tido agora por ele como sua grande motivação. O meio-campista alviverde é só alegria!

Wesley é um novo jogador. De bem com a vida, curte o filho Lian, nascido há 11 dias, e tem se destacado como volante, sua posição preferida. Contra o ABC-RN, na sexta-feira, teve atuação de destaque e marcou seu primeiro gol em 35 jogos pelo Palmeiras. O ano passado, aos poucos, vai sendo esquecido.

Contratado a peso de ouro pelo então presidente Arnaldo Tirone, em março de 2012, ele não conseguiu ajudar muito na luta contra o rebaixamento. Foram três jogos pelo Paulistão e um pela Copa do Brasil antes da grave lesão no joelho direito. Após mais de seis meses de tratamento, disputou apenas quatro partidas do Brasileirão, lesionou a coxa e voltou a jogar no início deste ano.

Fora de campo, o drama foi ainda maior. O tatuador Irineu Perpétuo Beltrame, padrasto do jogador, foi morto pela Polícia. Tratado como pai por Wesley na infância, Irineu foi o responsável por despertar nele a paixão pelas tatuagens, ao fazer o primeiro dos vários desenhos que o atleta carrega no corpo hoje em dia.

Além disso, a esposa do jogador teve uma gravidez interrompida, o que adiou a alegria do primeiro herdeiro. Hoje, Wesley diz que aproveita as folgas para "fazer um vento com o moleque". Só as folgas, porque o trabalho tem de ser árduo para convencer o técnico Gilson Kleina

- É necessário falar do Wesley. Ele está comprometido, pedimos para dar mais dinâmica, para jogar na vertical, e ele tem feito isso. Ele está na função que estava querendo fazer, vindo de trás, e está bem - disse o comandante, que precisou improvisar o camisa 11 como meia em grande parte do primeiro semestre.

Com o aumento de opções para a armação, Wesley teve seu desejo atendido. Em toda a atual sequência de três vitórias, atuou como volante, com liberdade para chegar à frente.

- Fico feliz por ajudar a equipe da melhor maneira, atuando na função em que mais gosto. Estou conseguindo me movimentar bem, ajudar os companheiros. Que continue assim - disse o "novo" volante do Verdão.

Wesley durante jogo contra o ABC-RN, um de seus melhores no clube (FOTO: Ari Ferreira)

OS MOMENTOS RUINS DE WESLEY:

Campanha sem sucesso
Para tirar o volante do Werder Bremen (ALE), no começo de 2012, a diretoria do Palmeiras criou uma campanha na internet, em que torcedores deveriam repassar quantias à negociação. A ideia era arrecadar R$ 21 milhões, mas o projeto não deu certo: conseguiu só cerca de R$ 700 mil. Com a ajuda de investidores, a diretoria conseguiu, finalmente, trazê-lo.

Lesão no joelho
Estreou no dia 28 de março, contra o Paulista, e em seu quarto jogo como titular lesionou o joelho direito ainda aos nove da primeira etapa do confronto com o Guarani, pelo Paulistão. Após a cirurgia, perdeu boa parte da temporada alviverde, ficando sete meses longe dos gramados.

Problemas familiares
Durante seu período de recuperação, Wesley perdeu seu padrasto, Irineu Perpétuo Beltrame, usuário de drogas e morto por policiais após tentar fugir de uma blitz na região de Catanduva. Eles, porém, tinham se afastado depois da separação de Irineu e Amélia, sua mãe, em 2011. Além disso, a esposa do volante engravidou em 2012, mas perdeu o bebê no início da gestação.

Retorno e queda
Recuperado, Wesley voltou a atuar no dia 20 de outubro, contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Entrou em momento delicado da temporada, com o time brigando contra o rebaixamento. Atuou em mais quatro jogos, mas uma lesão na coxa esquerda o tirou da partida contra o Flamengo, que decretou o rebaixamento alviverde.

"Fominha" improvisado
Jogou improvisado como armador nos primeiros jogos da temporada 2013, por conta das lesões de Valdivia e falta de mais opções. O jogador, porém, nunca escondeu que preferia atuar mais recuado. Como meia, o camisa 11 recebeu críticas da torcida e ficou marcado como um jogador "fominha".

OS MOMENTOS BONS DE WESLEY:

Agora, poucas lesões
Depois dos problemas físicos de 2012, Wesley conseguiu ter uma sequência com poucas lesões nesta temporada. Até agora, machucou-se apenas uma vez, um problema na coxa direita, mas que o tirou só de dois jogos: contra o Tigre, dia 2 de abril, e Ponte Preta, dia 7.

Na posição de origem
Depois de conversar com Kleina, ficou definido para o início da Série B que Wesley jogaria em sua posição de origem, como volante. A escolha, porém, fez com que ele iniciasse a competição na reserva, já que Márcio Araújo e Charles eram os titulares, junto do meia Tiago Real. Chegou a jogar contra ASA e Avaí, mas passou a ter uma sequência em sua posição nas últimas três rodadas, contra América-RN, Oeste e ABC, seu melhor jogo.

Assistências no Verdão
Apesar das críticas que recebeu por ser "fominha", Wesley já iniciou a jogada de sete gols palmeirenses neste ano. Junto de Vinicius, é aquele que mais criou lances de gol para o Verdão.

Fim do jejum
Embora seja considerado um jogador que chega bem no ataque, Wesley demorou para conseguir marcar gols no Verdão. Foi apenas na sexta, contra o ABC-RN, em seu 35º jogo, que o meio-campista conseguiu desencantar.

Moral com o chefe
Gilson Kleina nunca deixou de defender Wesley. Mesmo quando o jogador não vinha rendendo o esperado, o técnico fazia questão de exaltar o trabalho de seu comandado em entrevistas, até no momento em que o camisa 11 tornou-se reserva. O fato de o volante ter aceitado jogar fora de posição foi outro ponto valorizado pelo comandante alviverde.

"Moleque" motivador
O nascimento do filho, Lian, é tido agora por ele como sua grande motivação. O meio-campista alviverde é só alegria!

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