Sem pensar em recorde ou jogo fácil: Thiago Santos conta arma do Verdão

Volante falou sobre os perigos da armadilha de enfrentar o Paraná, já rebaixado matematicamente, neste domingo, em Londrina, na expectativa de marca invicta

Thiago Santos
Thiago Santos admite ansiedade pelo título brasileiro, mas garante que não há clima de "já ganhou" (Thiago Ferri)

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Líder do Campeonato Brasileiro com cinco pontos de vantagem para o segundo colocado e ouvindo a torcida já cantando "seremos campeões, mais uma vez", o Palmeiras enfrenta o já rebaixado Paraná no domingo, em Londrina, cidade com grande presença de torcedores do Verdão. Mas tudo isso é uma armadilha, e o time está preparado para não cair nela. É o que garante Thiago Santos.

- A armadilha é entrar pensando que é jogo fácil. E não existe jogo fácil. Contra o Fluminense, foi assim. Falaram que, teoricamente, as últimas cinco partidas seriam mais tranquilas, mas não foi. A gente que faz o jogo ficar fácil ou difícil. Não podemos entrar achando que já ganhamos e com clima de festa, porque não é assim. Precisamos entrar focados, porque é um jogo difícil - disse o volante, que concedeu entrevista coletiva antes do treino desta sexta-feira.

- Estamos pensando jogo a jogo, não podemos entrar no clima de já ganhou. Flamengo e Inter fizeram a parte deles, também têm chance matemática de ganhar. Temos de pensar jogo a jogo, como se fosse uma final. Mesmo enfrentando uma equipe já rebaixada, porque eles não tem nada a perder. Precisamos estar ainda mais ligados nesse tipo de jogo e fazer o que já temos feito. Temos trabalhado forte para sair com a vitória em todos os jogos. É para entrar assim - definiu o meio-campista.

Se não perder do Paraná, o Palmeiras estabelecerá a maior sequência invicta da história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, disputado desde 2003: serão 20 partidas sem ser batido, superando as 19 do arquirrival Corinthians no ano passado. Número marcante, mas que não é o foco do líder da competição, a quatro rodadas do fim.

- Não pensamos muito em recorde, pensamos mais em vitória. Vamos buscar a vitória e, se acontecer o recorde, será bom. Todos pensam em fazer história no clube. Ganhando, seria a maior invencibilidade do campeonato. Mas pensamos na vitória, em ganhar o jogo para, o mais breve possível, poder comemorar - falou Thiago Santos, sem esconder a ansiedade pelo título.

- Querendo ou não, a gente fica ansioso, ainda faltam quatro partidas. Mas sabemos que não será fácil. Não podemos comemorar antes de fazer. Temos de pensar jogo a jogo e, se Deus quiser, o mais breve possível poder comemorar - comentou o camisa 5.

Confira outros temas abordados por Thiago Santos nesta sexta-feira:

Ansiedade do elenco
Se você perguntar, qualquer um está muito ansioso, é um título de campeão brasileiro. Mas temos de pensar jogo a jogo, não podemos comemorar nada antes porque não está nada ganho. Precisamos pensar que, contra o Paraná, será um grande jogo, uma final. Ganhando, tem mais quarta-feira contra o América ainda. Não podemos entrar no clima de já ganhou porque tem 11 jogadores do outro lado querendo uma vitória também.

Comparação com 2016
Lembra o grupo. Tínhamos também um grupo muito bom, um respeitava o outro. E o que está acontecendo aqui agora é a mesma coisa. Depois que o Felipão chegou, ainda mais, porque está usando todos. Temos de parabenizar o elenco todo, não só quem está jogando. É só ver como o Nico está treinando em todos os treinos, mesmo sem oportunidade de jogar, dá a vida em todos os treinos, é o primeiro a estar esperando. Um grupo vencedor tem jogadores como o Nico que, mesmo sem jogar com Felipão, ajuda muito.

Críticas ao estilo de jogo do Palmeiras
O que importa é vencer, não adianta querer dar show todo jogo e não ganhar nada. Temos de jogar seguros. Se jogar seguro é jogar feio, então a gente continua desse jeito e ganhando.

Prefere ser campeão no Allianz Parque?
Se fosse aqui dentro, seria melhor. Mas a gente quer ser campeão, independentemente ser for contra Vasco ou América. Dentro dos nossos domínios, perante à nossa torcida, seria melhor. Mas pensamos primeiro no Paraná para, depois, pensar no América-MG.

Alternâncias de escalações
Desde quando Felipão chegou, ele roda bastante, Brincamos que não sabemos mais quem é titular ou reserva. Isso é importante porque todos ficam motivados. A melhor parte do Felipão é que ninguém fica de cara feia, porque ele usa todos e todos correm e dão conta do recado. O que faz o grupo vencedor e nos faz brigar pelo título é que todos que entram estão dando conta.

Tchê Tchê quer medalha
Tchê Tchê está brincando. É um grande amigo meu, falo com ele sempre. O Keno tem de receber também, se o Tchê Tchê falou que tem de ganhar. Mas são grandes amizades que fiz aqui, Gabriel antes do jgo do Boca me ligou, desejando sorte para nós. No futebol, levamos de bom também as amizades. Que sejam felizes onde estão, o Tchê Tchê no Dínamo (de Kiev, na Ucrânia) e o Keno no Egito. O que podemos fazer é ganhar por eles também. Depois, se o Alexandre quiser dar medalha para eles também...

Paulo Turra
Cara de confiança do Felipão, que ajuda bastante no trabalho com a gente. Sempre depois do treino, gosta de trabalhar bastante a parte defensiva. É um cara que veio para acrescentar bastante. A gente acredita bastante no que ele, o Felipão e o Carlão (o auxiliar Carlos Pracidelli) falam. Graças a Deus, está dando certo.

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