Palmeiras quer encabeçar novo modelo da Libra, mas não cogita migração à Forte Futebol

Ideia da presidente do Verdão, Leila Pereira, é se aproximar da LFF pela unificação dos projetos, mas encontra resistência do Flamengo<br>

Leila Pereira e Rodolfo Landim
Divergências entre Leila e Landim geram impasse sobre futuro da Libra (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

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Mesmo com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, tendo exposto divergências com a diretoria do Flamengo em discussões referentes a Libra, não há possibilidade de migração do clube alviverde à Liga Forte Futebol neste momento. A mandatária palmeirense é uma das principais engajadas na Libra desde as primeiras conversas para criação do movimento e não pensa em abrir mão disso.

A ideia de Leila, na verdade, é usar da sua influência, que é grande, para se aproximar das equipes que integram a Forte e unir forças em busca de juntar os projetos e torná-los somente um.

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Porém, para isso acontecer, existe uma pressão para a diminuição da desigualdade na distribuição das receitas da Liga Brasileira entre os times de maior e menor torcida, o que é feito na Forte. Já há algum tempo que a representante do Verdão se convenceu disso e se posiciona a favor de que o modelo do estatuto da Libra precisa ser revisto, Porém, isso esbarra no Flamengo, que é contrário e se escora na regra de que qualquer mudança só poderia acontecer se for unânime. Leila Pereira, então, tenta mudar para que as decisões sejam tomadas através de votações e as escolhas por meio de uma maioria qualificada - superior a metade mais um dos votos.

Nos bastidores, o incômodo dos palmeirenses, especialmente através da presidente do clube, em relação às posturas dos flamenguistas nas discussões referentes à Libra já existem há algum tempo, mas ficou mais explícito e até mesmo acalorado nas últimas reuniões do movimento. Isso levou às declarações fortes de Leila Pereira na última sexta-feira (14) contra as posturas da direção da equipe carioca, classificadas como soberba pela mandatária do Alviverde.

Reunião Libra
Leila é a única mulher entre os representantes dos clubes da Libra (Foto: Divulgação)

O interesse de aproximação da maioria dos clubes da Libra com os da Forte é por conta, principalmente, de duas questões:

- Receio de que com dois projetos a ideia de liga independente no Brasil possa ‘engasgar’ e não sair do papel;

- Financeiro, já que a LFF tem por trás um fundo de investimentos norte-americano, surpreendendo os times que integram a Libra, que no início não colocavam fé na sustentabilidade do outro projeto.

A ideia dos clubes que defendem a união entre Libra e Forte é unificar a capacidade de investimento e diminuir a diferença entre eles. O Flamengo, por sua vez, acredita que precisa ficar com a maior fatia na divisão das receitas por ter a maior torcida e, consequentemente, maiores audiências. As cotas referentes aos direitos de transmissão são as principais fontes de entrada financeira dessas ligas no início.

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