LANCE! Espresso: Borré nunca quis o Brasil, mas o futebol brasileiro demorou a olhar para Borré
Talentos como o atacante colombiano enxergam a América do Sul como trampolim, e não destino final
O colombiano Rafael Santos Borré não é uma nova sensação do River Plate. O atacante está lá desde 2017, emprestado pelo Atlético de Madrid. No ano seguinte, já era campeão da Libertadores pelo clube argentino, pelo qual já acumula seis títulos.
Mas, como é comum no futebol brasileiro, foi eleito a bola da vez do mercado, sendo disputado por São Paulo, Palmeiras e Grêmio - os dois últimos chegaram a apresentar ofertas e depois recuaram por motivos diferentes.
As negociações arrastadas e a indefinição do jogador revelaram que sua principal prioridade é voltar ao mercado europeu. E foi convencido por Marcelo Gallardo, técnico do River, que iniciar uma jornada no Brasil dificultaria ainda mais este retorno.
Para Palmeiras e Grêmio, que cogitaram investir pesado no atacante, o recado não poderia ser mais claro: por maior que seja um clube no Brasil, talentos como Borré enxergam a América do Sul como trampolim, e não destino final.
Menos complexo seria se fosse descoberto por aqui quando começou a carreira no Deportivo Cali e, três anos depois, foi comprado pelo Atlético de Madrid. Clubes brasileiros ainda pecam no timing: em sua maioria, buscam jogadores do continente que já se tornaram realidade ou aqueles que se destacam muito em apenas uma temporada. E aí sempre ficam à mercê de um leilão.
Borré nunca quis o Brasil, mas o futebol brasileiro demorou a olhar para Borré.
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