Juiz contradiz realidade ao justificar cartões em súmula de Verdão x Ceará

O árbitro André Luiz de Freitas Castro cita motivos contrários ao que se viu em campo para explicar os cartões para Mayke e Lucas Lima, que cumprirão suspensão contra o Flamengo

Andre Luiz de Freitas Castro foi bastante criticado após a partida
(Foto: Luis Moura / WPP)

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A arbitragem de André Luiz de Freitas Castro no confronto entre Palmeiras e Ceará, disputado na tarde deste domingo, gerou polêmica no Pacaembu. Além de amarelar três jogadores alviverdes que estavam pendurados, o juiz causou alguns estranhamentos com a súmula divulgada após a partida.

Na parte em que justifica o cartão amarelo dado para Lucas Lima, o árbitro escreve que aplicou a advertência pelo fato do meia "cometer faltas persistentemente". Contudo, os números mostram que o atleta cometeu apenas uma falta durante toda partida, contradizendo o relato da súmula. Revendo o lance da única irregularidade cometida por Lucas Lima, a reportagem do LANCE! concluiu que Moisés foi autor da falta que ocasionou no cartão para o camisa 20.

- Fiquei triste. Até falei para o juiz que não tinha feito nada. Quem fez a falta foi o Moisés. Ele falou que eu acabei indo para cima do cara, mas não foi isso que aconteceu. Eu falei: “po, eu só jogo o Brasileiro e você conseguiu me tirar do jogo” (risos). Mas é isso, quem entrar vai dar conta do recado - disse Lucas Lima.

Súmula
Súmula contraditória feita pelo árbitro da partida (Foto: Divulgação)

Já na explicação do cartão amarelo apresentado ao Mayke, André Luis expõe que o lateral-direito foi punido por "retardar excessivamente a cobrança de um arremesso lateral". Porém, o camisa 12 estava cobrando uma falta no momento em que foi punido.

- Não entendo, não sei se o juiz sabe quem está com dois e quem não está. Acho que não foi justo, demorei um pouco para bater a falta. Às vezes ele espera mais de seis ou sete segundos. Paciência. Se falar muita coisa aqui leva punição - concluiu Mayke.

Os outros cartões foram justificados da seguinte forma: para Bruno Henrique, "dar uma entrada de forma temerária contra seu adversário na disputa de bola"; e para Diogo Barbosa, "sair do banco de reservas para reclamar de forma acintosa as decisões da arbitragem".

Deyverson, expulso de forma direta, recebeu esta explicação: "Expulsei do campo de jogo de forma direta o atleta nº16, Sr. Deyverson Brum Silva, da equipe do Palmeiras, por, na disputa da bola, atingir com as travas da chuteira a barriga de seu adversário nº26, Sr. Richardson Fernandes dos Santos. O atleta atingido necessitou de atendimento médico e continuou no jogo normalmente. O atleta expulso deixou o campo sem esboçar nenhuma reação".

A arbitragem gerou muitas reclamações também por parte de Luiz Felipe Scolari, treinador da equipe, e de Alexandre Mattos, diretor de futebol alviverde. O próprio dirigente se revoltou e deu declarações fortes sobre a situação depois do apito final.

- Queremos um campeonato limpo. Situações como essas geram dúvidas se é algo direcionado para algo do próximo jogo, que pode representar muito no campeonato. Eu tenho convicção que está estranho. O árbitro não vem aqui dar explicação. Por que não coloca o microfone nele para questioná-lo? O Palmeiras vem em uma sequência de erros de arbitragem muito estranha - finalizou.

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