Dona da Crefisa será candidata, mas briga política deve ter novo capítulo
Embora Leila Pereira vá disputar uma vaga no Conselho Deliberativo, expectativa é de que eleição seja impugnada. Assim, aprovação da candidatura teria de vir do atual CD

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Apesar do veto inicial de Paulo Nobre, Leila Pereira será candidata ao Conselho Deliberativo do Palmeiras. Ainda assim, a briga política envolvendo a eleição do CD deve ganhar um novo capítulo. Mesmo com a autorização do presidente Maurício Galiotte à dona da Crefisa, conselheiros ligados ao antecessor articulam a tentativa de impugnar o pleito, levando a decisão para validar a votação ao atual grupo de conselheiros.
Apesar deste contratempo, Leila deve conseguir o cargo, já que dependeria da maioria dos votos no CD, muito influenciado por Mustafá Contursi, que inclusive já está preparado para este cenário. A patrocinadora se candidatou justamente pela chapa do ex-presidente, "Palmeiras Forte". A medida seria mais uma forma de atrasar a posse e mostrar a posição contrária do que evitar que a patrocinadora consiga participar da vida política do clube.
Pelo estatuto, qualquer eleitor (neste caso o sócio) pode impugnar uma candidatura ao Conselho Deliberativo. Ainda de acordo com o documento que rege o clube, tal medida não tem efeito suspensivo, mas obriga uma reunião do CD com os membros de antes da eleição para votar se o pleito é válido ou não.
O cenário, portanto, deve ser o seguinte: a eleição acontece no dia 11 de fevereiro, Leila acaba como uma das mais votadas, e na sequência conselheiros contrários à sua candidatura pedem a impugnação. O caso vai ao Conselho, que provavelmente aprovará a dona da Crefisa a iniciar seu mandato de quatro anos. Não está descartado que o caso seja até levado para a Justiça fora do clube, caso siga este ritmo.
Entenda a briga
Em um de seus últimos atos antes de deixar a presidência, Paulo Nobre tentou impugnar a candidatura de Leila, alegando que ela não era, como diz ser, sócia desde 1996 e por isso não teria condição legal de concorrer ao Conselho Deliberativo. Mustafá Contursi pediu para que Maurício Galiotte reavaliasse o caso, pois explica ter dado a ela o título de sócia-benemérita há 20 anos. A resposta não foi divulgada, mas o atual presidente autorizou a participação de Leila, tanto que a sócia já divulga sua candidatura de forma oficial.
A eleição é feita por sistema proporcional: quanto mais votos uma chapa receber, mais cadeiras conseguirá ocupar. A expectativa para esta eleição é de que 25 votos sejam necessários para eleger um candidato, mas a dona da Crefisa deve receber mais de uma centena de votos. Assim, poderá "puxar" mais candidatos da chapa de Mustafá.
Ao mesmo tempo em que ocorre o imbróglio político, o contrato entre Palmeiras e Crefisa/FAM venceu nesse sábado. Há uma cláusula no contrato de que as partes podem negociar até um mês após a data a renovação - a expectativa é de que um novo acordo seja oficializado apenas depois da eleição para não relacionar o novo acordo com a votação.
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