Dona da Crefisa ataca amadorismo no Palmeiras, mas recua sobre saída

Nos Estados Unidos comprando novos equipamentos para a Academia, Leila Pereira voltou a falar de rixa revelada pelo LANCE! e apesar de críticas, agora diz não querer rescindir

Crefisa - Palmeiras
Leila Pereira posa ao lado de seu marido, José Roberto Lamacchia e Paulo Nobre (Foto: Divulgação)

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Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, as duas maiores patrocinadores do Palmeiras, voltou a criticar neste sábado o amadorismo da diretoria do clube, após o LANCE! revelar a irritação dos parceiros com o projeto de uma camisa retrô de 1992, com a marca da Parmalat. Apesar do incômodo, Leila recuou ao falar sobre uma possível saída e avisou que tem interesse em cumprir o contrato até o fim de 2016, mas não pode ser novamente "surpreendida" por Paulo Nobre.

- Vamos cumprir rigidamente o que foi combinado com o Palmeiras, mas se o Paulo Nobre criar algum problema às nossas marcas, tenho de tomar uma atitude. Em hipótese nenhuma quero prejudicar o Palmeiras, mas se tomar uma atitude como essa de novo, sou obrigada a tomar uma providência. O Palmeiras que está nos expulsando com uma atitude dessa - disse Leila, em entrevista para a Rádio Globo, antes de responder se ela considerava a atitude do clube um exemplo de amadorismo.

- Acho, um profissional não faria isso jamais. Eu defenderia sempre as marcas das nossas empresas. Crefisa e FAM não começaram ontem, não será um dirigente que vai denegrir nossa imagem. O problema não é a instituição, nunca abandonaremos, mas quando um dirigente estampa a marca de outro patrocinador, que não paga um centavo ao clube, o que nos resta? - falou.

Leila está nos Estados Unidos comprando novos equipamentos para a Academia de Futebol, que está sendo reformada graças aos R$ 8 milhões cedidos pelos patrocinadores. Há duas semanas, ela diz ter conversado com Paulo Nobre para turbinar o prêmio pelo título da Copa do Brasil, mas as conversas ainda não avançaram. Na última sexta, ao saber da ideia de se lançar um uniforme retrô usando a marca do ex-patrocinador, a parceira se revoltou. Ao LANCE!, fez duras críticas à diretoria, ameaçando rescindir o contrato se o plano fosse levado adiante e acertar com o Flamengo, que "dá muito mais visibilidade". Agora, ela diminuiu o tom.

"O Paulo (Nobre) não será irresponsável de levar adiante esta ideia absurda, ou tomar outra atitude que possa atrapalhar o patrocinador",
disse Leila Pereira

- Não vou para outro clube nenhum. Vamos permanecer no Palmeiras, com a lealdade de sempre, vamos honrar nossos compromissos, como fizemos com qualquer pessoa - explicou Leila Pereira, que emendou:

- O Paulo (Nobre) não será irresponsável de levar adiante esta ideia absurda, ou tomar outra atitude que possa atrapalhar o patrocinador - completou.

Em nota enviada à reportagem, o Palmeiras justificou que o projeto do uniforme retrô partiu da Adidas, e que repassou a consulta para a Crefisa. "Tão logo fomos informados de que nosso principal patrocinador não concordou, encerramos a discussão e vetamos o prosseguimento do projeto. Reiteramos nossa gratidão e respeito à Crefisa e a seus proprietários, que não medem esforços para ajudar a Sociedade Esportiva Palmeiras", diz a nota.

Além da reforma na Academia de Futebol, Crefisa e FAM pagam mais de R$ 40 milhões para estampar suas marcas no uniforme do clube, todos os gastos com Lucas Barrios, também de quase R$ 40 milhões, e compraram para o clube jogadores como Vitor Hugo e Thiago Santos. Em entrevista ao LANCE!, em julho, Leila dizia que a parceria era até melhor do que a Parmalat, patrocinadora responsável pela montagem dos times de sucesso do Verdão nos anos 90.

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