ANÁLISE: Sem matar o jogo ‘cedo’, Palmeiras repete erro e tem desgaste desnecessário

Verdão mantém a sina de desperdiçar oportunidades, mas brechas de atenção e na organização defensiva têm trazido problemas, que vão do resultado até o cansaço

Rony - Juazeirense x Palmeiras
Palmeiras, de Rony, mais uma vez não matou o jogo quando podia e levou um gol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O torcedor do Palmeiras tem vivido em estado de graça com o time, mas começa a notar problemas conforme a temporada tem avançado. Diante da Juazeirense, alguns deles têm virado rotina e foram nítidos mais uma vez em Londrina. É preciso corrigir, já que as consequências têm vindo em forma de resultado e de desgaste.

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Quem lê esse primeiro parágrafo pensa que o Verdão passou vexame no Estádio do Café e foi eliminado precocemente na Copa do Brasil. Nada disso. A vitória magra por 2 a 1 garantiu a equipe nas oitavas de final da competição. No entanto, para o nível que esse grupo atingiu, um desempenho como foi o de quarta-feira não é aceitável.

Com uma temporada desgastante e com tantos desfalques como tem tido, o objetivo do Alviverde deveria ser "matar" logo esses jogos em que é considerado favorito, mas mais uma vez não foi isso que aconteceu. Além dos erros de fundamentos e da insistência em jogadas sem futuro, o time pecou novamente nas finalizações. Rony, sempre ele, desperdiçou pelo menos três boas chances de marcar.

Isso sem contar a displicência, o ritmo abaixo da rotação tradicional e uma desatenção que tem chamado muito a atenção nos últimos duelos. Com esses ingredientes, o adversário pode ser de qualquer qualidade, ele vai se aproveitar e possivelmente vai balançar a rede, como ocorreu nos dois jogos eliminatórios contra a Juazeirense.

Aliás, os dois gols sofridos em contra-ataque diante da equipe baiana em dois jogos diferentes não são coincidência. Eles partem de uma bola perdida no ataque, uma recomposição mal feita, uma dificuldade para matar a jogada e acabam no fundo da rede. Isso se prova quando pensamos como foi o gol sofrido diante do Fluminense... Igual, né? Em transição e sem cortar a descida.

Quando você não mata o jogo, não mantém a atenção e a organização durante os 90 minutos, você corre dois riscos que o futebol atual nesse nível não ameniza: sofrer com o resultado e se desgastar quando poderia se poupar. E o Palmeiras precisava resolver logo sua eliminatória para poder preservar seus jogadores. Algo que conseguiu apenas após Veiga marcar de pênalti no fim.

Abel Ferreira, ao contrário desta análise, viu uma equipe competente, que cria oportunidades com facilidade e que foi fiel ao seu objetivo, que era passar de fase na competição. Mas concorda com o texto quando admite que o confronto poderia ter sido definido mais cedo.

- Fomos uma equipe muito séria, competente. Como se diz na minha terra: "Quem facilita, lasca-se", para não dizer outro nome. Poderíamos ter resolvido o jogo mais cedo, mas essa equipe não nega intensidade, esforço, cria oportunidades com muita facilidade mesmo com adversário no 6-3-1. Nossa obrigação era passar e conseguimos o objetivo. Poderíamos te resolvido a eliminatória mais cedo - disse o treinador palmeirense em coletiva após a partida.

Neste sábado, no Allianz Parque, o Palmeiras receberá o Red Bull Bragantino em um confronto direto na tabela do Brasileirão. O Verdão está três pontos atrás do RB e pode igualar o adversário na classificação. Para isso, não pode voltar a vacilar jogando em casa, e vai precisar ter atenção e muita eficiência para matar o jogo.

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