Palmeiras ainda negocia, mas crê que lateral Muñoz só viria no meio do ano
Atlético Nacional tem endurecido as conversas porque cobra US$ 3 milhões pela venda de Borja e não deseja abrir mão de um de seus principais jogadores neste primeiro semestre
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O Palmeiras não terá Daniel Muñoz na fase de grupos da Libertadores e já cria a expectativa de, se trouxer o lateral-direito, utilizá-lo só no segundo semestre. A diretoria insiste na negociação e, diante das dificuldades impostas pelo Atlético Nacional, sabe que dificilmente o trará agora.
O principal problema tem sido exatamente a postura do clube colombiano. No momento, a cobrança por US$ 3 milhões (cerca de R$ 13,5 milhões) ainda por conta da venda de Borja é um tema visto pelo Verdão como mais perto de ser contornado. O ponto, no momento, está na importância do jogador para a equipe de Medellín.
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Daniel Muñoz, de 23 anos, é capitão e destaque da equipe, com passagens pela seleção do país. O Atlético Nacional acaba de se classificar na Copa Sul-Americana com participação decisiva de Daniel Muñoz: o lateral-direito fez o gol que abriu a vitória por 3 a 0 sobre o Huracan, em casa, na ida, e ajudou no empate por 1 a 1 na volta, na Argentina. Perdê-lo agora está longe dos planos da diretoria colombiana.
Como o Verdão enviou na sexta-feira a sua lista de inscritos na fase de grupos da Libertadores, a insistência por ter o lateral-direito o mais rápido possível perde força. As oitavas de final será disputadas somente a partir de 20 de julho e, caso o Palmeiras se classifique, poderá fazer quatro trocas. Dando tudo certo, Muñoz será uma delas, e há otimismo no clube.
Mesmo com Marcos Rocha e Mayke à disposição - ambos estão machucados no momento -, a vinda de Muñoz é vista como necessária. O jogador já vinha sendo acompanhado pelo clube e agradou ao ser visto de perto no empate por 0 a 0 diante do próprio Palmeiras, na Florida Cup. O lateral-direito tem as características que Luxemburgo gostaria de encontrar em alguém no setor, com velocidade, capacidade defensiva e chegada frequente ao ataque, tal como faz Matías Viña, lateral-esquerdo uruguaio ex-Nacional.
Com um perfil apaziguador, exaltado, inclusive, para contratar Rony em meio a seguidos desentendimentos de seus empresários com o Athletico-PR, o diretor de futebol Anderson Barros foi a Medellín há três semanas e se deparou com a diretoria do Atlético Nacional completamente insatisfeita pela situação de Borja. Mas, a partir do segundo encontro, a conversa andou, e já se constatou que não seria a tempo de ter Muñoz na fase de grupos da Libertadores.
Palmeiras e Atlético Nacional tiveram uma divergência recente, quanto a compra de 30% dos direitos econômicos de Borja por parte do Verdão, dono dos outros 70%. Os colombianos entendiam que, se o centroavante não fosse vendido até agosto de 2019, o Verdão teria de adquirir esta fatia por 3 milhões de dólares (pouco mais de R$ 11 milhões na época).
O clube brasileiro ainda não fez o pagamento, por considerar que não há prazo definido e por ter um acordo verbal para repassar a quantia em caso de uma venda. A diretoria do Atlético Nacional disse que iria levar o caso à Fifa - no momento, Borja está emprestado ao Junior Barranquilla (COL).
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