Abel tinha mais um plano para o Palmeiras e ‘engoliu’ o Al Ahly com muito repertório

Em campo, português respondeu ao técnico do adversário que tripudiou da capacidade do Verdão, que mostrou variações para cada momento do duelo. Dia difícil para ser "secador"

Abel Ferreira - Palmeiras x Al Ahly
Abel Ferreira mostrou mais uma vez que sempre tem um plano para o Palmeiras (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

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A última terça-feira foi um dia complicado para os "secadores" do Palmeiras e para os antipáticos ao trabalho de Abel Ferreira. A sensação não se dá apenas pelo 2 a 0 sobre o Al Ahly-EGI, mas pela maneira com que o time se comportou para garantir a vaga na final do Mundial de Clubes. Foi uma classificação com muito repertório, "engolindo" o adversário, cujo técnico desmereceu o Verdão.

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Independentemente do que aconteça na decisão no próximo sábado, o torcedor palmeirense vai lembrar da tarde de 8 de fevereiro de 2022 para sempre como uma grande atuação de seu clube do coração. A aplicação tática dos jogadores no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi, não deixam dúvidas de que tudo o que aconteceu ali foi fruto do trabalho do treinador português.

Essa obviedade do "dedo do técnico" não está apenas no que se vê em campo, mas principalmente na declaração de 11 entre dez jogadores alviverdes que falaram depois do jogo. Todos eles colocam o nome e o plano de Abel Ferreira quando comentam a vitória e o sucesso do que foi treinado. Está bem claro que o comandante palmeirense tem seu elenco na mão. Os jogadores acreditam no que ele fala, e ele acredita no que jogadores podem fazer. Isso é trabalho.

Antes da partida, em entrevista à ESPN, um amigo de Pitso Mosimane, técnico do Al Ahly, disse que o sul-africano acreditava que poderia "engolir" o Palmeiras se pudesse ter todos os seus atletas, incluindo os que estavam na seleção egípcia, à disposição. Ele teve, mas nada aconteceu. Além disso, Pitso teria dito que sabia como o Verdão jogaria e teria o antídoto para isso. No entanto, do outro lado, havia Abel Ferreira, com uma ótima preparação e mais um plano.

E em campo o time alviverde mostrou que pode ter mais de uma, duas, ou três variações de jogo dentro de uma mesma partida. Marcação alta na saída de bola? Teve. Recuo e circulação de bola com paciência? Teve. Se fechar e sair para o contra-ataque? Teve. E bolas longas para explorar velocidade? Teve também. Com essa adaptação ao que o cenário pedia, foi o Palmeiras que "engoliu" o Al Ahly, que praticamente não jogou e foi eliminado justamente.

As cornetas para Abel não partem apenas do técnico adversário. Elas vêm do Brasil também e daqueles que se dizem especialistas, mas se confundem com clubistas, "secadores" ou "antis", como queiram. Quem viu o duelo com os egípcios, não pode dizer que falta repertório ao comandante palmeirense. Seria desonestidade ou um problema sério de cognição. Normal não é, acredite.

Nos 100 minutos de jogo, o esquema do Palmeiras variou algumas vezes. Teve linha de três, de quatro, de cinco... Teve Scarpa como ala, como meia e fechando na linha defensiva. Teve Veiga pelo meio e Veiga como segundo atacante, além de todas as adaptações que os cenários pediam. Para cada momento da partida havia um plano e isso já deveria estar bem claro em pouco mais de um ano de trabalho de Abel. Dessa vez não adiantou "secar".

Para a final, seja contra Chelsea ou Al Hilal-SAU, ele tem um plano, ou melhor, mais um plano para alcançar a sonhada taça do Mundial. Pode até sofrer um revés, o que é bem possível diante do clube inglês, mas a certeza é de que haverá um trabalho bem feito para tentar atingir o objetivo. Ninguém vai "engolir" o Palmeiras antes do apito, nem pode duvidar do repertório de Abel.

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