Olimpíadas: poluição em provas de águas abertas não é novidade; Baía de Guanabara também gerou queixas
Prova do triatlo masculino foi adiada por más condições do Rio Sena
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O adiamento da disputa do triatlo masculino nas Olimpíadas de Paris, que seria realizada nesta terça-feira (30), é mais um problema enfrentado pela organização dos Jogos Olímpicos desde que as águas abertas entraram no programa da competição. Agora, a causa é a poluição do Rio Sena, que está altamente contaminado após as chuvas do final de semana.
Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, havia uma grande preocupação com a qualidade da água da Baía de Guanabara, que recebeu as competições de vela. Uma das medidas adotadas foi a implantação de 17 ecobarreiras nos rios que deságuam na Baía para fazer a contenção do lixo, além da utilização de 13 ecobarcos monitorados por GPS, que recolhiam resíduos flutuantes que passassem pelas barreiras artificiais.
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Foram 11 dias de regatas, com alguns registros de reclamação. O maior problema aconteceu com a dupla brasileira da classe Nacra 17, Samuel Albrecht e Isabel Swan. Eles tiveram que parar o barco para retirar lixo preso. Mas nenhuma regata precisou ser transferida de lugar por causa da poluição.
Mas os problemas não se restringem a Paris e Rio. Também houve questionamentos sobre as condições do local de disputa das provas de águas abertas em Pequim, em 2008; em Londres, em 2012; e em Tóquio, em 2021.
Em Paris, foram investidos 1,4 bilhão de euros (R$ 8,5 bilhões) na despoluição do Rio Sena, que corta a capital francesa. A previsão era que o rio voltaria a ter condição para banho após mais de 100 anos. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, chegou a mergulhar no Sena no dia 17 de julho, nove dias antes da abertura oficial dos Jogos, para mostrar que o rio estava limpo e seguro para as Olimpíadas.
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