Tempestade Brasileira mantém jejum na perna australiana

Pelo segundo ano consecutivo, os surfistas brasileiros não conquistam uma das três primeiras etapas do Circuito Mundial<br>

Caio Ibelli (SP)
Caio Ibelli conseguiu o melhor resultado da Tempestade Brasileira em 2017 WSL / Kelly Cestari

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Desde a estreia da etapa de Margaret no Circuito Mundial, em 2014, os atletas brasileiros marcaram presença em pelo menos um dos pódios das três primeiras etapa do WCT. Contudo, desde o ano passado, a Tempestade Brasileira vive um jejum de títulos na chamada perna australiana. Neste ano, menos de dois pontos separaram o paulista Caio Ibelli de colocar um ponto final no intervalo verde e amarelo e tocar o sino de Bells Beach. Porém foi o sul-africano Jordy Smith quem ficou com o troféu.

No primeiro ano da Liga Mundial de Surfe (WSL, em inglês) com as etapas de Gold Coast, Magaret River e Bells Beach, Gabriel Medina venceu Joel Parkinson (AUS) e iniciou o ano que lhe renderia o título mundial (2014) com o troféu da primeira competição da temporada. 

No ano seguinte, Gold Coast seria novamente verde e amarela, dessa vez com Filipinho Toledo. O surfista de Ubatuba fez um 10 e um 9,60 na grande final e não deu chance para o australiano Julian Wilson. Margaret, em 2015, também seria pintada com as cores do Brasil. Adriano de Souza, que levaria o título mundial, superou John John Florence por 17,53 a 16,87 e conquistou sua primeira taça da temporada. Mineirinho só voltaria ao pódio da última etaoa da temporada, em Pipe Masters.

O jejum de títulos na Austrália começaria em 2016. O australiano Matt Wilkinson teve um início de temporada arrasador e levou os títulos de Gold Coast e Bells Beach. Os brasileiros com melhores colocações foram, respectivamente, Filipe Toledo (3º) e Ítalo Ferreira (3º). O potiguar repetiria o feito em Margaret River, que teve o havaiano Sebastian Zietz como campeão.

Este ano, Gabriel Medina consegui o melhor resultado nacional, mas viu o amigo Owen Wright (AUS) ficar com a taça de Gold Coast. O australiano retornou ao WCT após um ano tratando de uma grave lesão na cabeça. Já Margaret contou com uma atuação de gala do atual campeão mundial, John John Florence. Com o título nas mãos do havaiano, coube a Filipe Toledo conseguir o melhor resultado verde e amarelo com a terceira colocação. A grande chance de título viria em Bells Beach com Caio Ibelli. Em seu segundo ano no WCT, o paulista, após superar John John nos últimos minutos da semifinal, perdeu o título para Jordy Smith.

Sem conseguir um troféu no Tour 2017,  a Tempestade Brasileira tenta, em casa, seu primeiro título. A etapa de Saquarema (RJ) acontece entre nove e 20 de maio e tem como atual campeão John John Florence.

Adriano de Souza é o melhor brasileiro na temporada

Mesmo sem conquistar um título, Mineirinho é o brasileiro com a melhor colocação no ranking. Com um nono e dois quintos lugares nas três primeiras etapas, ele soma 14.400 pontos e é o quarto. Adriano é o único surfista nacional com chances matemáticas de ficar com a lycra amarela no Rio de Janeiro. No ano de seu título mundial, o surfista do Guarujá fez sua melhor estreia dos últimos últimos quatro anos, com o terceiro em Gold Coast, o vice em Bells e o título em Margaret. 

Medina supera somatória dos dois últimos anos

Após dois anos com somatórias próximas dos 7.500 pontos, Gabriel Medina conclui a perna australiana com 8.750. O primeiro brasileiro campeão mundial estreou com a terceira colocação, seguido de uma passagem ruim em Margaret, com o 25º lugar, e um modesto 13º em Bells. Nos dois últimos anos, Medina terminou a temporada com a terceira colocação. Em 2014, ano em que conquistou seu título mundial, Gabriel somou 15.600 pontos com o título de Gold Coast, o quinto em Margaret e o nono em Bells Beach.

Após contusão em 2016, Filipinho sai da Austrália motivado

Após sofrer uma lesão na semifinal de Gold Coast no ano passado - que o tirou das duas próximas etapas australianas - Filipe Toledo vem para a Cidade Maravilhosa Motivado. O surfista de Ubatuba teve uma estreia discreta, com a 25ª colocação, mas conseguiu reverter com o terceiro lugar em Margaret e o quinto e Bells e é o sexto colocado no ranking. Tanto em 2014 quanto em 2015, Filipinho teve uma eliminação no Round 2 na perna australiana. A melhor colocação do surfista no ranking da WSL nos últimos quatro anos foi o quarto lugar em 2015.

Lesão interrompe bom início de ítalo Ferreira

O dono do primeiro 10 masculino na temporada 2017, Ítalo Ferreira teve um bom início de temporada, com a quinta colocação em Gold Coast. Contudo, uma lesão no tornozelo durante um treino para Margaret retirou o potiguar do restante da perna australiana e, talvez, da etapa brasileira. Estreante no WCT em 2015, Ítalo teve seu melhor desempenho nas primeiras etapas no ano passado, com um 13º e dois terceiros lugares. 

Wiggolly e Caio surpreendem em Bells 

Após duas eliminações do Round 2, Wiggolly Dantas conseguiu em Bells Beach sua primeira vitória na temporada. O surfista de 27 anos terminou a última etapa da perna australiana com a quinta colocação e ocupa 23º posição do ranking. O surfista de Ubatuba estreou no WCT em 2015 e teve como melhores marcas na Austrália o quinto lugar em Gold Goast (no ano de sua estreia) e em Bells no ano passado. 

Já Caio Ibelli, em seu segundo ano na elite do surfe, conseguiu, em Bells Beach, seu melhor resultado no WCT. O melhor estreante de 2016 conseguiu chegou a final da terceira etapa do Circuito. Caio ocupa a sétima colocação do ranking em 2017. Nas duas primeiras etapas, ele conquistou o 13º lugar. Em 2016, Ibelli somou um quinto e dois nonos lugares. 

Miguel, Ian e Jadson não passam da 13º colocação

Os três últimos brasileiros colocados no ranking da WSL nesta temporada, Miguel Pupo, Jadson André e o estreante Ian Gouveia obtiveram resultados apagados até o momento. Na abertura da temporada, os três surfistas conquistaram a 13ª colocação. Em Margaret, Jadson se despediu logo no segundo Round, os outros dois repetiram o feito da estreia. Em Bells, os três terminaram da 25º colocação. 

Miguel Pupo fez seu melhor resultado na perna australiana em 2015, na Gold Coast. Na mesma etapa, Jadson teve sua melhor marca com a nona colocação. Ian Gouveia estreou no WCT nesta temporada e tem como melhores marcas os 13º em Gold Coast e Margaret.

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