Técnico demitido após Pan volta ao comando da Seleção de handebol

Washington Nunes, que caiu após eliminação na semifinal em Lima, está de volta ao posto

Washington Nunes
Washington Nunes é o novo técnico da Seleção Brasileira de Handebol (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)

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A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) anunciou na última terça-feira o retorno de Washington Nunes para o comando da Seleção Brasileira masculina de handebol. O profissional, que havia sido demitido em agosto do ano passado, após não conseguir classificar a equipe aos Jogos de Tóquio no Pan de Lima, foi nomeado para dirigir o grupo nas próximas grandes competições à vista, o Mundial e no Pré-Olímpico, em janeiro e março de 2021, respectivamente, quando o país terá nova oportunidade de se qualificar para os Jogos de Tóquio.

No Pan, a Seleção foi eliminada na semifinal, após uma derrota fora dos planos para o Chile, por 32 a 29. Na época, a CBHb era presidida por Ricardinho Souza, que anunciaria Daniel Gordo como novo treinador.

Em março deste ano, o atual presidente, Manoel Luiz Oliveira, retornou ao cargo. Ele estava afastado em meio à investigações sobre a gestão da modalidade, mas os denunciantes não levaram o caso para frente. Uma de suas primeiras ações foi demitir Gordo. Agora, ele chamou Nunes de volta.

- Acreditamos muito na capacidade do Washington e da comissão técnica. E, também, acreditamos muito na capacidade dos atletas. Achamos que essa decisão irá, com certeza, nos dar as condições de conquistar a tão sonhada vaga da Seleção Brasileira masculina para os Jogos de Tóquio - afirmou Oliveira.

Washington esteve à frente da Seleção na conquista do melhor resultado do time na história do Campeonato Mundial, na Alemanha e na Dinamarca, em janeiro de 2019. O Brasil alcançou um inédito nono lugar. 

- Nós da CBHb refletimos muito e chegamos a conclusão de que o retorno do Washington ao cargo de técnico é a melhor e mais coerente escolha. Washington é um treinador altamente capacitado e conhece esse grupo melhor do que ninguém. Eles juntos iniciaram este ciclo e conseguiram a inédita 9ª colocação no último Mundial. Foi exatamente essa colocação que nos deu a oportunidade de participar do Pré-Olímpico. Estamos convictos de que essa comissão, em conjunto com os atletas, vai trabalhar intensamente para buscar a tão sonhada vaga olímpica para Tóquio - explica Fernando Pacheco, Gerente de Esportes.

Com o adiamento dos Jogos de Tóquio, que originalmente teriam início na sexta-feira 24 de julho de 2020, para o período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, os calendários das Federações Internacionais também sofreram alguns ajustes e modificações.

- Neste momento, um fator de preocupação é o retorno dos atletas às atividades. Estamos na torcida para que todos consigam voltar muito bem fisicamente e dar conta de trabalhar forte em seus clubes. E, o fato de termos o Mundial antes do Pré-olímpico, vai ser extremamente positivo porque vamos conseguir colocar o grupo num nível de competição alto e de observação em tudo o que podemos fazer no Mundial e consequentemente, no Pré-Olímpico - avalia Washington Nunes.

Os compromissos da Seleção Brasileira masculina têm início em janeiro de 2021, com participação no Mundial do Egito, de 13 a 31. Pela primeira vez, o evento contará com 32 seleções. O Brasil conquistou a vaga ao se classificar em segundo no Campeonato Sul-Centro Americano de handebol Masculino realizado em Maringá (PR), em janeiro de 2020.

Na sequência, a Seleção embarca para Noruega para disputar o Pré-Olímpico entre os dias 12 e 14 de março de 2021 objetivando alcançar a sonhada vaga olímpica para os Jogos de Tóquio. Os Torneios Pré-Olímpicos femininos e masculinos foram adiados em consequência da pandemia do coronavírus, porém as sedes e os grupos foram mantidos. O Brasil enfrentará a Noruega, o Chile e a Coreia do Sul para duas vagas.

Além de Washington Nunes, integram a comissão técnica Hélio Lisboa Justino e Diogo Castro como auxiliares, Cláudio Machado como preparador físico, Gustavo Barbosa como fisioteraputa, Dr. Gustavo Rocha no Departamento Médico e Cláudia Mota como supervisora.

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