Tampa Bay Rays vence Cuba por 4 a 1 em partida histórica em Havana

É a primeira vez em 88 anos que um mandatário dos EUA visita a Ilha, que desde 1961 sofre um embargo econômico dos americanos

Partida de Baseball entre Cuba e EUA, em Havana (foto:Vladimir Molina Espada/ Minrex Cuba)
Partida de Baseball entre Cuba e EUA, em Havana (Foto:Vladimir Molina Espada/ Minrex Cuba)

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Foi realizada nesta terça-feira, no Estádio Latino Americano, em Havana, um amistoso entre a Seleção Cubana e o Tampa Bay Rays, franquia da MLB. Melhor para o Rays, que venceu por 4 a 1. A partida foi um dos eventos que marcam a visita do presidente americano Barack Obama ao país caribenho. É a primeira vez em 88 anos que um mandatários dos EUA visita a Ilha, que desde 1961 sofre um embargo econômico dos americanos.

Potência no beisebol, ganhou 35 dos 39 Mundiais da modalidade, a seleção Cubana não foi páreo para o Rays, pois está muito enfraquecida por causa das deserções. Para se ter ideia, 105 jogadores fugiram da Ilha em 2015. Neste ano o maior astro cubano em atividade no país, Yulieski Gourriel, também fugiu para os Estados Unidos.

Praticamente com o time B, a seleção de Cuba levou o primeiro ponto na segunda entrada - no lance, o presidente Barack Obama vibrou muito e foi cumprimentado pelo mandatário cubano Raúl Castro (irmão de Fidel Castro). Sem conseguir se impor, a equipe da casa viu o Rays - que é apenas um time mediano e que conta com cubano no elenco, Varela, ovacionado pela torcida - ampliar.

Durante a partida, o presidente Obama foi entrevistado pelo canal ESPN, responsável pela transmissão, e analisou a a importância do evento:

- O esporte é capaz de realizar mudanças que muitas vezes apenas a política não é capaz.

Perguntado sobre a visita de três dias em Cuba, que vem sendo criticada por vários norte-americanos, Obama disse que uma aproximação é importante em vários aspectos e que ele está tentando da melhor forma quebrar o muro entre os países.

- Se é uma boa tentativa ou não, posso dizer que por 50 anos tentamos outras formas e nenhuma delas deu certo. Não vejo motivo de não termos ações diplomáticas. É importante para o país e as pessoas, há muitos cubanos em nosso país. E estou aqui para mostrar ao povo que há coisas positivas na democracia - disse Obama, que esbanjou acenos e sorrisos, acompanhou a partida ao lado da mulher e das filhas, além do presidente Raul Castro.

No fim da entrevista, o presidente deu uma resposta engraçada sobre o motivo que o levou e não querer dar o arremesso inicial da partida.

- Jogo mais basquete do que beisebol. E quando tentei fazer coisa parecida foi um desastre.

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