Ricardo Fischer: ‘Petrovic era o que a Seleção Brasileira precisava’

Armador do Brasil e do Athletic Bilbao projeta jogos da Seleção contra Chile e Venezuela, e fala sobre a saída do Flamengo e a adaptação à Espanha

Ricardo Fischer
Reprodução/Instagram

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O armador Ricardo Fischer viu o sonho de jogar uma Olimpíada em casa acabar após romper o ligamento cruzado anterior do joelho direito, em março de 2016. Recuperado, ele viveu uma das temporadas mais complicadas do Flamengo nos últimos anos e acabou não renovando seu contrato. Hoje com 26 anos e atuando no Athletic Bilbao, o jogador está de volta à Seleção Brasileira sob o comando de Aleksandar Petrovic, anunciado apenas em outubro.

– Trabalhei muito para ter uma vaga novamente na Seleção e continuar nesse seleto grupo me faz ter certeza de que estou no caminho certo – disse Fischer, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

O Brasil disputa a partir de hoje a primeira janela dos jogos classificatórios para a Copa do Mundo FIBA, em 2019, contra o Chile, no Gimnasio Monumental Maria Gallardo, em Osorno (CHI), às 22h (de Brasília). O confronto contra a Venezuela acontece na próxima segunda-feira, às 20h30, na Arena Carioca I, no Rio de Janeiro.

Você teve contato com o Petrovic antes de se apresentar? Como vê a chegada dele para a seleção?

Tive sim. Antes por telefone e agora ao vivo, já que desembarquei aqui no Chile para o primeiro jogo no dia 21. Ele é uma pessoa que te passa uma energia ótima, deixa o ambiente leve e agradável. Na minha opinião, era isso que a seleção estava precisando agora.

Como você avalia esses próximos dois jogos da seleção? Qual é a expectativa?

É uma situação complicada atualmente, o começo de um novo ciclo com muito pouco treino ainda. Mas eu acredito, como todos que aqui estão, que temos o mesmo propósito. Estamos com muita vontade de trabalhar e ganhar. Acho que serão dois bons jogos.

Você teve contato com o Petrovic antes de se apresentar? Como vê a chegada dele para a seleção?

Foi muito gratificante voltar a ser convocado. Mostra a confiança que ele (Petrovic) tem no meu trabalho. Trabalhei muito para ter uma vaga novamente na seleção e continuar nesse seleto grupo me faz ter certeza de que estou no caminho certo.

Na sua despedida do Flamengo, você disse que não foi um adeus, mas um até breve. Como foi a decisão de deixar o clube? Foi uma saída amigável?

Foi uma saída muito amigável, mas uma decisão muito difícil de ser tomada. Gostei muito de estar no Flamengo, pelos os jogadores, comissão técnica e tudo que envolve o clube. Me sentia em casa e gosto muito do Rio de Janeiro. Não tive um bom ano e por isso pensei em ficar um pouco mais, pois o Flamengo merece o meu melhor. Mas eu tenho certeza que ainda voltarei a vestir essa camisa.

A não participação na Liga das Américas motivou sua saída? Como foi a sensação de não fazer parte da competição no ano em que chegou ao Flamengo?

Muito pelo contrário. Não estar na Liga das Américas (por conta da punição da Fiba na CBB) era uma motivação para eu ficar, para ajudar o Flamengo a voltar ao topo. Foi uma sensação péssima, pois nosso objetivo era ganhar o título dessa competição. Então, tivemos que nos reprogramar.

Você disse que jogar no Flamengo era um sonho. O que tirou de mais positivo disso? Qual foi o maior aprendizado em uma temporada tão complicada?

Me ajudou a ser mais maduro com as adversidades, estar preparado pra tudo. Além disso, nós atingimos muito mais gente do que imaginamos. Isso te faz ser cada dia melhor.

Gran victoria hoy !! A seguir ... miércoles tiene mas en el infierno !! 🔥🔥🍀👊🏻

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Como você analisa o basquete jogado na Espanha? Qual é a maior diferença do jogo praticado no Brasil?

O nível é muito alto na Espanha. Há muita concorrência e isso te faz dar o seu melhor todo dia. Acho que a maior diferença é a intensidade de jogo. Isso é muito cobrado lá, não só na defesa mas no ataque também.

Você publica muitas coisas sobre a vida na Europa. Como tem sido a adaptação dentro e fora das quadras?

Tem sido muito boa atá agora. A ida da minha esposa e do meu cachorro ajudou muito. Mas a cidade (Bilbau) me abraçou e me tratou muito bem. E a culinária é incrível.

Quais são os seus planos para o futuro agora?

Meus planos são me firmar na Liga Espanhola e ganhar meu espaço. Crescer como jogador e como pessoa.

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