Palou se impõe na reta final, passa Ericsson e vence 500 Milhas de Indianápolis
Espanhol consegue se impor contra a estratégia diferente do sueco para conseguir uma ultrapassagem com 15 voltas para o fim e vencer

- Matéria
- Mais Notícias
O espanhol Álex Palou é oficialmente vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Na prova disputada neste domingo (25), o espanhol da Ganassi esteve no pelotão da frente durante basicamente toda a corrida, se aproveitou dos problemas de alguns rivais e superou o sueco Marcus Ericsson, que fez uma estratégia diferenciada, para se eternizar na história da Indy 500.
Relacionadas
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
David Malukas, de Foyt, até liderou voltas e se meteu na briga pela vitória, mas cruzou a linha de chegada na terceira posição. Mesmo largando na primeira fila, o mexicano Pato O’Ward foi o quarto colocado com a McLaren, enquanto Felix Rosenqvist, de Meyer Shank, fechou o top-5.
Kyle Kirkwood, em grande recuperação com a Andretti, saiu de 23º para o sexto lugar. Santino Ferrucci manteve 100% de aproveitamento no top-10 da Indy 500 ao fechar a prova em sétimo. Christian Rasmussen foi oitavo, à frente de Christian Lundgaard e Conor Daly.
Na tentativa pela quinta vitória na Indy 500, o brasileiro Helio Castroneves foi o 13º colocado. O piloto da Meyer Shank até teve chances de ficar no top-10, mas foi forçado a realizar um pit-stop extra na última volta.

Depois de largar da última fila por conta da punição pela alteração do atenuador na classificação, Josef Newgarden até emplacou uma grande recuperação com a Penske e tinha chances da terceira vitória seguida, mas acabou abandonando após um problema na pressão do combustível. A equipe também viu Scott McLaughlin dar vexame e bater ainda na volta de apresentação.
Kyle Larson falhou mais uma vez ao tentar completar o Double-Duty. O piloto da McLaren Hendrick rodou sozinho em uma relargada e foi ao muro, acertando também Kyffin Simpson e Sting Ray Robb. O americano deixou Indianápolis e viajou para Charlotte, na Carolina do Norte, onde disputará a etapa da Nascar que tem início às 19h00.
Pole-position, Robert Shwartzman até liderou as primeiras voltas, mas acabou abandonando de forma melancólica. Na volta 87, em período de bandeira amarela, o russo da Prema errou ao entrar nos boxes e atropelou mecânicos da própria equipe, além de acertar também a suspensão dianteira esquerda e a asa no muro.
A Indy retorna já na próxima semana com o GP de Detroit, agendado para domingo (1), no circuito de rua montado na principal cidade do Michigan.

Saiba como foi a 109ª edição das 500 Milhas de Indianápolis:
Após mais de 40 minutos de atraso por conta da chuva, a bandeira verde estava programada para ser dada às 14h28. Porém, Scott McLaughlin, que largaria na 10ª colocação, rodou sozinho quando estava na volta de aquecimento e bateu forte no muro da reta principal. Scott Dixon, que partiria em quarto, viu o sistema de freios dianteiro pegar foto. Porém, seguiu na pista.
A bandeira verde veio na volta 5, sem McLaughlin. Shwartzman conseguiu manter a ponta enquanto O’Ward foi para cima de Sato e assumiu a segunda posição. Na parte de trás, Marco Andretti foi tocado por Jack Harvey e parou no muro da curva 1. Marcus Armstrong conseguiu evitar o choque. Helio Castroneves perdeu posições e caiu para 26º.

Com a segunda amarela do dia, alguns pilotos do fundo do grid realizaram o primeiro pit-stop, inclusive Power e Newgarden. A bandeira verde veio na volta 10 e O’Ward foi para cima de Shwartzman já na curva 1, assumindo a liderança. O russo acabou levando ultrapassagem também de Takuma Sato. Dixon caiu para sétimo, enquanto Rosenqvist e Ericsson surpreenderam, indo para o top-5.
Sato passou O’Ward na volta 11 e pegou a liderança, enquanto Rosenqvist surgiu para a terceira posição. A amarela voltaria no 19º giro, agora por conta da garoa que voltou a surgir no Speedway. Os líderes da corrida aproveitaram a brecha para realizar o primeiro pit-stop da prova. Sato levou vantagem, enquanto Ericsson aproveitou o grande trabalho da Andretti para superar O’Ward. Shwartzman viu a Prema errar e caiu para fora do top-20.
A liderança agora estava nas mãos de Alexander Rossi, que puxava os companheiros de equipe Christian Rasmussen e Ed Carpenter. A bandeira verde finalmente surgiu, na 30ª volta. Rasmussen passou Rossi ainda na relargada. Os dois faziam uma estratégia de “escolta” na ponta.

Depois que os carros da Carpenter pararam, a liderança esteve nas mãos de Jack Harvey por algumas voltas. Porém, na marca de 1/4 da corrida, a ponta voltou para as mãos de Takuma Sato. Conor Daly era segundo, com David Malukas em terceiro, Álex Palou em quarto e Santino Ferrucci em quinto.
A segunda janela de pit-stops dos líderes foi aberta na volta 60, com destaque para o giro seguinte em que vários vieram ao mesmo tempo. Sato seguiu comandando o bonde e retomou a ponta depois da parada de Kyle Kirkwood, na volta 63. Agora, ele era perseguido por David Malukas. Devlin DeFrancesco e Alex Rossi, em estratégias diferentes, vinham em terceiro e quarto. Palou fechava o top-5.
Colton Herta, que fazia boa prova de recuperação, recebeu um drive-through por excesso de velocidade nos boxes. Na terceira posição, Alexander Rossi viu fumaça sair da Carpenter #20 e recolheu aos boxes. Durante o pit-stop, o carro acabou pegando fogo, encerrando a prova do americano e gerando um susto, já que as chamas atingiram mecânicos da equipe.

➡️ Carro de Alexander Rossi pega fogo durante as 500 Milhas de Indianópolis; assista
Na volta 82, veio a terceira amarela do dia. Ao entrar nos boxes para um pit-stop, Rinus VeeKay rodou sozinho e bateu com a traseira no muro. O neerlandês da Dale Coyne alegou que teve um problema nos freios. Giros depois, os líderes aproveitaram para a terceira janela de paradas.
Sato acabou errando na entrada e a parada foi completamente problemática, tirando a liderança das mãos do japonês. Quem também se complicou foi o pole-position Robert Shwartzman, que acabou atropelando mecânicos e acertando o muro, abandonando.
A relargada aconteceu na volta 92 com Ryan Hunter-Reay, de DRR, na liderança, mas a amarela tornou a aparecer novamente. Kyle Larson rodou sozinho na curva 2 e acabou atingindo Kyffin Simpson e Sting Ray Robb, que também foram ao muro, encerrando o sonho do Double-Duty. Já eram 8 abandonos na corrida antes mesmo da metade.
Hunter-Reay parou ainda no regime de amarela na marca de 104 voltas, entregando a ponta para Devlin DeFrancesco. Uma tentativa de relargada aconteceria no 107º giro, mas o canadense demorou a acelerar e quase causou um grande acidente, postergando a bandeira verde. Ed Carpenter, por exemplo, travou rodas e quase provocou uma batida.
Com 109 voltas, enfim a corrida voltou com DeFrancesco líder. Daly fez uma grande relargada e pulou de quarto para segundo. Harvey foi muito mal, perdendo seis posições e caindo para oitavo. Malukas era terceiro, com Palou em quarto e Ferrucci em quinto.

DeFrancesco parou nos boxes na volta 120 e viu Conor Daly assumir a ponta, apesar de perseguido de perto por David Malukas e Álex Palou.
A quarta janela de pit-stops do dia foi aberta na volta 134. Em um giro, vieram Daly, Palou, Newgarden, O’Ward e Castroneves. Na sequência apareceram Malukas e Ferrucci. Josef teve de fazer uma parada extra por conta de uma falha na bomba de combustível, basicamente abandonando as chances de vitória. Eventualmente, saiu do carro.
Hunter-Reay surgiu na liderança com uma estratégia diferente. Palou era o primeiro entre aqueles que vieram no plano padrão, superando Daly. Porém, Conor conseguiu uma bela manobra e retomou o quinto posto geral. Rasmussen vinha em segundo, Ericsson em terceiro.
Após todo o ciclo de pit-stops, Hunter-Reay recuperou a liderança com a DRR, à frente de Daly, Malukas, Palou, Ferrucci, Rosenqvist, Ericsson, O’Ward, DeFrancesco e Rasmussen. O canadense da RLL cedeu a nona posição após uma nova parada, colocando Callum Ilott no top-10.

Com a corrida virando um xadrez conforme a bandeira quadriculada se aproximava, Conor Daly perdeu desempenho nos pneus e acabou ultrapassado por diversos pilotos, caindo para o sexto lugar. Ele foi quem abriu a última janela de pit-stops, na volta 167. Ryan Hunter-Reay teve problemas na parada, na volta 170, e acabou saindo da disputa.
Ericsson, Rasmussen e Lundgaard, em estratégias diferentes, ocupavam as três primeiras posições. Malukas era quarto, à frente de Palou. O dinamarquês da McLaren foi o primeiro a ceder ao último pit-stop.
Na volta 176, Ericsson e Rasmussen enfim vieram aos boxes. O sueco acertou com a estratégia e voltou na liderança. Palou conseguiu parar Malukas e assumiu a segunda posição. O’Ward era quarto. Rosenqvist, Ferrucci, Daly, Kirkwood, Castroneves e Rasmussen eram os 10 primeiros.

Palou iniciou a pressão em cima de Ericsson. Com 14 voltas para o fim, colocou por dentro do sueco na curva 1 e assumiu a liderança. Com a possibilidade de um final limpo, Marcus era quem mais tinha chances de passar o espanhol de volta. Malukas e O’Ward ficavam um pouco mais atrás.
Apesar do ritmo, Marcus não conseguiu chegar e tentar dar o troco no espanhol, que ainda viu a bandeira amarela se juntar com a quadriculada por conta de uma batida de Nolan Siegel. Pela primeira vez, Palou venceu em oval, e justamente em Indianápolis.

INDY 2025, 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS, CORRIDA:
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias