NFL: Na noite que homenageia ídolo Bruce Smith, Bills perde para Jets

Defensor que fez história na NFL entre 1985 e 2003 tem o número de sua camisa, o 78, aposentado por Buffalo. Em campo, time perde por 37 a 31 no jogo que abre a rodada 2

Buffalo Bills x Ny Jets
Gilmore (de vermelho) tem noite pouco inspirada, não consegue parar os ataques pelo seu lado e o Buffalo Bills é derrotado pelo  NY Jets, que põe fim a jejum de cinco jogos sem vencer o arquirrival (Foto: AFP)

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O Buffalo Bills escolheu a dedo a noite em que iria homenagear um de seus maiores ídolos e uma lenda da NFL,  o ex-Defensive End Bruce Smith, aposentando o número 78 que ele usou entre 1985 e 1999 e com o qual tornou-de um dos três maiores da sua posição na história deste esporte: jogo em casa contra New York Jets, um de seus maiores fregueses e que vinha de cinco derrotas seguidas nos duelos entre as equipes.  Só que o tirou saiu pela culatra. Com a defesa errando tudo, o quarterback do Jets, Ryan Fitzpatrick em noite de gala e o running back Matt Forte quebrando todos os tackles, o Jets venceu por 37 a 31, calou a torcida que lotou os mais de 70 mil lugares do estádio.

O jogo também  marcou a abertura da segunda rodada da temporada regular. O Bills com duas derrotas em duas rodadas, já segura a lanterna na AFC Leste . O Jets tem 1 vitória e 1 vitória na mesma divisão.

A defesa do Bills foi muito mal e deu a falta de sorte de pegar o QB Fitzpatrick muito eficaz.  Foram 24 passes certos em 34, para 374 jardas e 1 TD, conseguindo fazer com que os recebedores Eri Decker e Brandon Marshall encerrassem a partida com mais de 100 jardas, cada. Além disso, o running back Martin Forte correu para 100 jardas e incríveis 3 TDs. 

No Bills, o QB Tyrod Taylor se destacou com 18 acertos em 30 e 297 jardas de avanço, com  três passes para TDs (dois deles longos, de 75 e 84 jardas) e uma interceptação, mas o que pegou para o time foi a série de erros de marcação, principalmente dos cornerback s Stephon Gilmore e Ronald Darby. Eles não conseguiram parar os recebedores e corredores que atuaram pelos flancos  e o que se viu foi um domínio territorial incomum do Jets, que ficou com 70% da posse da bola e ter feito ponto em quase todos os ataques (o punter do Jets devolveu apenas duas vezes a bola para o Bills durante toda a partida, sendo que a segunda ocorreu quando faltavam 20 segundos para o fim).

Ainda assim, o jogo foi equilibrado. O Jets saiu na frente num field goal, mas o Bills virou quando Taylor achou Marquise Goodwin para uma corrida de 84 jardas. Melhor em campo e alternando passes e corridas, o Jets abriu 20 a 7 e foi para o intervalo com a vantagem em 20 a 10.
O início do terceiro quarto foi o único momento de predomínio do Bills, que fez um TD em passe de 74 jardas para Greg Salas logo no primeiro ataque e virou para 24 a 20 numa roubada de bola (fumble) que Nickell Robey aproveitou e correu até a end zone.

Só que o Bills parou aí, com Fitzpatrick encontrando todos os seus recebedores, e Forte completando as jardas terrestres, o time de Nova York virou sem problemas para 37 a 24 (com 2 TDs terrestres de Forte) e só foi levar mais um TD nos dois últimos minutos.

Bruce Smith, a lenda

Assim, para a torcida do Bills a noite só valeu mesmo pela festa de aposentadoria do número da camisa de Bruce Smith. O simpático ídolo (popularíssimo nos Estados Unidos) estava visivelmente emocionado com a honraria que o Bills só havia concedido ao quarterback Jim Kelly, o camisa 14 que foi companheiro de Smith no grande time que a franquia formou na metade final dos anos 80 até o fim dos anos 90. 

Bruce Smith
Bruce Smith durante a cerimônia na qual o número 78 que ele usou pelo Bills entre 1985 e 1999 foi aposentado (Foto: AFP)

- Eu não sei se eu sou digno  o suficiente para merecer tudo isso. Mas vou tentar e desfrutar de tudo isso. Lembrar a alegria que foi jogar aqui 15 de meus 19 anos como profissional, que foi um desafio, com cirurgia após a cirurgia, gastando quase todas as férias para  tentar recuperar meu corpo para que eu pudesse competir anoa após ano - disse Smith ao receber aquela que é considerada a maior honraria que um jogador da NFL recebe.

Os números de Bruce Smith impressionam. Astro de Virginia no futebol universitário, ele foi a primeira escolha do draft de 1985.  Ao encerrar a carreira em 2003 (após deixar o Bills em 2000 jogou no Washington Redskins até aposentar-se) ele ostentou os seguintes números:

- Recordista de sacks (derrubadas de quarterback), com 200.
- 11 eleições para o Pro Bowl (1987 a1990, 1992 a 1998)
- Nove vezes escolhido para o All Pro (1987, 1988, 1990 e 1992 a 1997)
- Tricampeão como jogador de defesa do ano (1990, 1993 e 1996)
- Tetracampeão como jogador de defesa da AFC (1987, 1988, 1990, 1996)
- Eleito como titular para o time da década de 80
- Eleito como titular para o time da década de 90
- Incluído no Hall da Fama da NFL na primeira eleição que disputou
- Classificado como o 58º maior jogador na lista dos 100 grandes da NFL
- Colocado ao lado de Reggie White (ex-Green Bay Packers, já falecido) e Lawrence Taylor (ex- NY Giants, também aposentado) como o maior jogador de defesa da NFL

Pelo Buffalo, ele ganhou o tetracampeonato da AFC (1991, 1992, 1993 e 1994), disputou quatro Super Bowls (nos mesmos anos acima) e foi campeão da AFC Leste nos anos de  1988, 1989, 1990, 1991, 1993 e  1995.



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