Golfe: treino especial para jogar no campo mais alto do mundo na Bolívia

A um mês do Sul-Americano Pré-Juvenil, Confederação Brasileira de Golfe faz preparação especial para diminuir os efeitos da altitude de La Paz na equipe que vai disputar o torneio

Equipe de golfe que vai disputar o Sulamericano Juvenil de golfe
Parte da equipe que vai representar o Brasil em torneio sul-americano pré-juvenil na Bolívia (CBGolfe/Divulgação)

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Tendo em vista que o XXXI Campeonato Sul-Americano Pré-Juvenil de golfe será realizado no La Paz Golf Club, campo em maior altitude no mundo, localizado na capital da Bolívia, a CBGolfe (Confederação Brasileira de Golfe) deu início a uma série de treinamentos especiais. 

A competição acontecerá de 16 a 21 de setembro e foram convocados os atuais campeões brasileiros da categoria Renato da Silva Filho (PR) e Meilin Hoshino, além de Marcos Park (SP), Gabriel Gallego (PR), Marina Nonaka (SP) e Martina Collares (RS). O delegado da equipe será Victor Bortolucci, e o técnico, Tiago Ogawa, ambos do Paraná.

No último final de semana a equipe se reuniu no São Paulo Golf Club para aprimoramento físico e mental dos atletas. Participaram Marcos Park, Meilin Hoshino, Martina Collares e Marina Nonaka, além do coach nacional Erik Andersson e do coach mental da CBGolfe, Roberto Gomez.

- O encontro foi muito produtivo, justamente para criar o clima de equipe e passar detalhes de preparação. Foi importante a presença do Vítor e do Tiago, que vão acompanhar a equipe,  e também do Roberto Gomez e da equipe de preparação física, com a Gabi e a Dani Arantes - destacou Erik Andersson.

- Mostramos informações importantes, como criar o hábito de usar o livro de jardas, mapear o campo, criar uma estratégia e seguir a rotina estabelecida. 

Após três buracos no sábado, no domingo a equipe jogou 18 buracos, novamente avaliando rotina, estratégia, atitude e comportamento. Dani e Gabi Arantes, da Academia Tiro Certo, deram início à preparação física específica. 

- Praticar atividade física em altitudes elevadas é desafiador. Batimentos cardíacos, tontura, aflição gastrointestinal, desidratação e comprometimento do desempenho são alguns dos efeitos. A pressão de ar reduzida na elevação permite que as moléculas de oxigênio se espalhem, de modo que cada respiração tenha menos oxigênio em comparação com o nível do mar. O corpo tem que trabalhar muito para fazer o mais básico. Como andar, digerir comida e até para pensar - explicou Gabi Arantes.

- Além disso, o ar mais rarefeito nessa altitude faz com que a bola voe mais do que em condições normais, o que exige ajustes contínuos em cada tacada. Não existe uma fórmula correta, tem que ir se adaptando a cada momento. Isso tudo gera um ‘estresse’ e exige total concentração dos jogadores - disse ela.

Nessa fase do treinamento, a equipe de preparação física aumentou um pouco o volume do treinamento aeróbico, já que o VO2 máximo é reduzido em até 10% na altitude, e recomendou aos atletas fazerem, como sempre, uma boa rotina de aquecimento pré-jogo e se manterem bem hidratados.

- Se até o básico é difícil, imagine jogar golfe com qualidade? Por isso estar bem condicionado fisicamente é imprescindível. Vai ajudar os atletas a terem um melhor desempenho e minimizar todos esses fatores adversos - finalizou.

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