Darlan Romani é esperança do Brasil no Mundial de atletismo em Doha

Atleta do arremesso de peso, que tem como melhor marca na temporada um 22,61m, compete nesta quinta-feira. Fernanda Borges avança para final do lançamento do disco

Darlan Romani Pan de Lima
Darlan Romani tem a segunda melhor marca do mundo no ano de 2019 (Foto: Washington Alves/COB)

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O brasileiro Darlan Romani que compete a qualificação do arremesso do peso nesta quinta-feira, sétimo dia de disputas no Campeonato Mundial de Doha, Catar, vem de uma temporada muito regular em 2019. O atleta está no Grupo A da qualificação do arremesso do peso, que será às 13h20 (de Brasília). 

Darlan, do Pinheiros, estava na Europa onde competiu na última etapa da Liga Diamante, em Bruxelas (BEL), no dia 5. Depois, seguiu para León, Espanha, para a última fase de preparação, juntamente com o seu treinador há nove anos, o cubano Justo Navarro.

– Combinamos de não falar em competição. Ele sempre fala treinei, está tudo bem, falamos da Alice (filha do casal, de 4 anos), da família. Me parece o Darlan de sempre, sereno, seguro... Desinstalou o Facebook e o Instagram do celular e está super focado, está com ele mesmo – afirmou Sara Romani, mulher de Darlan, que está em Bragança Paulista.

Razões para o catarinense de Concórdia estar confiante não faltam. Mas vai ter adversários duríssimos em Doha, todos com resultados acima dos 22m em 2019: Darell Hill (EUA), Tomas Walsh (NZE) e Konrad Bukowiecki (POL), no Grupo A, o mesmo de Darlan, e ainda o campeão olímpico Ryan Crouser (EUA), Michat Haratyk (POL), Joe Kavacs (EUA) e Bob Bertene (LUX), no Grupo B.

Darlan terminou 2018 em quinto lugar no Ranking Mundial, com 22m, entrando de vez no grupo dos maiores arremessadores da história. Também venceu a Copa Intercontinental da IAAF, disputada em Ostrava, na República Tcheca, quando integrou a equipe das Américas.

Em 2019, Darlan, que mora em Bragança Paulista e treina no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA) da CBAt, vive uma temporada estável. Tem como melhor marca o arremesso de 22,61m, obtido em 30 de junho quando venceu o Prefontaine Classic, etapa de Stanford da Liga Diamante (marca que lhe garante o segundo lugar no Ranking Mundial). Era recordista sul-americano com 22m (15/9/2018). Com os 22,61m superou também o índice olímpico fixado pela IAAF para os Jogos de Tóquio-2020.

Voltou a arremessar acima dos 22m no Mityng ny Rynku Kosciuski, Białystok, na Polônia. Fez 22,02m em 7 de julho. E no Pan-Americano de Lima (PER) fez 22,07m no dia 7 de agosto, levou o ouro com recorde pan-americano, vencendo também uma febre alta da véspera.

Na Liga Diamante, ficou com a medalha de bronze na etapa de abertura, justamente em Doha (21,60m), em 3 de maio, no mesmo Estádio Internacional Khalifa, onde está sendo realizado o Mundial. Depois levou mais dois bronzes, em Roma (21,68m), em 6 de junho, e em Paris (21,56m), em 24 de agosto.

Começou a temporada ao ar livre no Torneio Atletismo Paulista, em 23 de fevereiro, com 21,83m, venceu o GP Brasil Caixa de Atletismo (26/4), com 21,69m, e foi campeão sul-americano em Lima, Peru, com 21,00m (25/5).

Fernanda na final do disco

Fernanda Borges (IEMA) se qualificou para a final do lançamento do disco neste sexto dia de provas (2/10) do Mundial de Doha, com a marca de 62,33m (10º lugar no geral). A melhor na classificação foi a cubana Yaimé Pérez, com 67,78 m. A gaúcha de Santa Cruz do Sul, que treina com João Paulo Alves da Cunha, tem como melhor marca pessoal 64,66m (15/9/2018, em Bragança Paulista).

– Estou me sentindo bem, feliz. Sabíamos que eu teria de lançar 62 metros para ir a final, mas ainda errei um pouco a técnica - o disco saiu muito baixo - e dá para melhorar. Na qualificação existe uma grande tensão porque são apenas três lançamentos e queimei o segundo. Na final é uma nova competição e vou brigar para ficar entre as oito melhores e acho que dá para melhorar a minha marca – afirmou Fernanda, que disputa a primeira final em seu quarto Mundial Adulto.

Geisa Arcanjo (Pinheiros) não avançou para a decisão do arremesso do peso.

– Infelizmente, eu me mato de treinar, mas não é para isso. Foi performance mesmo, hoje não foi meu dia. Eu tive um ano irregular, depois consegui me reerguer um pouco, mas esse resultado não reflete a minha dedicação – disse Geisa, sexta colocada na Olimpíada de Londres-2012 (com 19,02m, sua melhor marca) e nona no Rio-2016.

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