Comitê cogita redução de atletas na Olimpíada e garante 80% das arenas

Organizadores dos Jogos de Tóquio fazem as contas para assegurar realização do evento<br>

Toshiro Muto - CEO do Comitê Tóquio 2020
Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador, deu detalhes sobre os preparativos (Foto: ISSEI KATO / AFP)

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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio informou nesta sexta-feira que estuda uma redução do número de atletas para reduzir despesas após o adiamento para julho de 2021, devido à pandemia da COVID-19. A entidade assegurou que pelo menos 80% das arenas de competições poderão ser utilizadas nas novas datas. 

Antes da reorganização causada pelo novo coronavírus, a previsão era de que os Jogos teriam 11.091 atletas, dependendo dos índices conquistados, principalmente na natação e no atletismo. O Comitê não falou em números.

- Levando em consideração a nova situação econômica, social e médica, acreditamos que um jogo simples e seguro é o caminho a seguir para Tóquio - afirmou o presidente do Comitê Tóquio-2020, Yoshiro Mori.  

Questionado se a quantidade de esportistas estaria incluída na simplificação dos Jogos, o dirigente indicou que a possibilidade não está descartada.

- Não diria que eles não estão sujeitos à simplificação, mas faremos o máximo possível para preservá-los.

Das 43 instalações prometidas, pelo menos trinta já chegaram a um acordo com os organizadores sobre o uso delas no ano que vem. O Comitê mantém negociação com outras 13. Esta foi a primeira atualização sobre a estrutura dos Jogos desde o anúncio da alteração da data.

É possível que dois importantes locais não estejam disponíveis, pelo fato de terem contratos ativos para uso na data dos Jogos. São elas a Vila Olímpica, com 5 mil apartamentos, e o Tokyo Big Sight, um centro de convenções na Baía de Tóquio, que seria usado como centro de imprensa. A entidade afirmou estar otimista após as últimas conversas, mas já estuda alternativas.

Dentre as estruturas garantidas, os dirigentes citaram o Estádio Olímpico de Tóquio, a Arena de Saitama (basquete) e a instalação do hipismo. Já os palcos do taekwondo, esgrima e luta ainda são cercados de dúvidas.

- Para um número significativo de instalações, cerca de 80% delas, já obtivemos a aprovação básica para seu uso no próximo ano. Mas também existem locais que já têm reservas para outros usuários no próximo ano - disse o executivo-chefe Toshiro Muto, após reunião do Comitê Executivo dos organizadores.

O custo do adiamento dos Jogos é estimado entre US$ 2 bilhões a US$ 6 bilhões (entre R$ 10 bilhões e R$ 30 bilhões, na cotação atual). O Comitê Olímpico Internacional (COI) sinalizou que pretende investir US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões) de auxílio ao evento.

Os Jogos Olímpicos foram remarcados para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021, enquanto os Jogos Paralímpicos estão previstos para serem realizados entre 24 de agosto e 5 de setembro. Mas tudo dependerá de como a a pandemia evoluirá. 

- Não acho que haja alguém que possa realmente prometer que as Olimpíadas e Paralimpíadas serão realizadas em 2021 com certeza, 100% em qualquer circunstância - disse Muto.

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