Comissário admite que a NFL errou ao ignorar manifestações dos jogadores contra o racismo

Em vídeo publicado no site oficial, Roger Goodell afirma que liga errou ao não ouvir os protestos dos atletas no processo de combate ao racismo nos Estados Unidos e no mundo

Roger Goodell
Roger Goodell é comissário da NFL e condenou a brutalidade e a opressão policial nos Estados Unidos (Foto: MADDIE MEYER/AFP)

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Em vídeo publicado no site oficial, Roger Goodell, comissário da NFL, admitiu que a liga errou ao ignorar manifestações dos jogadores contra o racismo nos Estados Unidos e no Mundo. Nas últimas semanas, os protestos de combate ao racismo ganharam as ruas norte-americanas e em outros países após o assassinato de George Floyd.

No ano de 2016, o atleta Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, iniciou um movimento de protesto ao ajoelhar-se durante a execução do hino nacional americano em partidas da NFL. Entretanto, ele foi criticado por dirigentes e proprietários de franquias, e boicotado, se afastando dos campos nos últimos quatro anos. 

- Nós da NFL acreditamos que vidas negras importam. Eu protesto pessoalmente com vocês, e quero ser parte da mudança necessária nesse país. Sem jogadores negros não existiria NFL, e os protestos que acontecem agora são reflexos de anos de silêncio, falta de igualdade e opressão de jogadores, técnicos e staff negros. Estamos ouvindo, e eu estarei procurando todos os jogadores que levantaram sua voz para que possamos criar uma família NFL melhor e mais unida - admitiu Goodell.

Revoltados com o assassinato de George Floyd, um negro morto por um policial branco em Minneapolis, vários atletas como os astros Patrick Mahomes e Russell Wilson se posicionaram sobre o assunto. Com isso, o dirigente assumiu que os dias têm sido difíceis nos Estados Unidos e condenou a brutalidade e a opressão policial no país. 

- Têm sido dias difíceis no nosso país. Em particular, às pessoas negras do nosso país. Primeiro, quero prestar minhas condolências para as famílias de George Floyd, Breanna Taylor, Ahmaud Arbery, e todas as famílias que passaram por brutalidade policial. Nós, da National Football League, condenamos o racismo e a opressão institucional das pessoas negras. Admitimos que estávamos errados em não escutar os jogadores, e encorajamos todos a protestarem pacificamente - finalizou o comissário.

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