Com Scheidt, Brasil inicia disputa interna para Tóquio-2020 na Laser
Bicampeão olímpico é favorito para representar o país nos Jogos Olímpicos, mas terá de vencer concorrência com outros três velejadores. Mundial da classe será o primeiro teste

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O Brasil terá quatro velejadores na disputa do Campeonato Mundial da classe Laser, em Sakaiminato, no Japão. O bicampeão olímpico Robert Scheidt estará na água, junto com Bruno Fontes, João Pedro Souto de Oiveira e Philipp Grochtmann. As primeiras regatas estão marcadas para quarta-feira, às 23h (de Brasília). A competição vai até o dia 9 e vale como critério de seleção para definir o atleta que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
De acordo com o critério estabelecido pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela CBVela, o brasileiro mais bem colocado neste Mundial, contanto que esteja dentro do top 18 da competição, estará elegível para defender o país em Tóquio-2020. Ele só perderá essa vaga se outro atleta for medalhista no evento-teste Enoshima-2019 ou subir no pódio do Mundial da Laser, em 2020.
– O Mundial tem nível mais alto que a própria Olimpíada, porque são mais representantes por país. Cheguei com mais de uma semana de antecedência para fazer uma boa aclimatação, reconhecimento da raia. Tudo para chegar o mais bem preparado possível para conseguir estar nos Jogos de Tóquio. Vou dar o meu máximo para chegar no top 18 aqui no Japão e atingir o índice de classificação para integrar a equipe brasileira – disse Scheidt, dono de cinco medalhas olímpicas, entre elas duas de ouro na classe Laser (Atlanta-1996 e Atenas-2004).
A classe Laser é tradicionalmente uma das mais concorridas, e o Mundial 2019 conta com um total de 159 competidores inscritos. Bruno Fontes chega ao Mundial credenciado pelo título da última Copa Brasil de Vela, quando superou o próprio Scheidt. Já João Pedro Souto de Oliveira foi o melhor brasileiro no Mundial de 2018, quando classificou o país para os Jogos Olímpicos ao ficar em 19º lugar. O jovem e promissor Philipp Grochtmann completa a delegação.
Scheidt pode ser tornar recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo, se for para Tóquio-2020. O Mundial será a terceira grande competição do veterano em seu retorno à classe Laser.
Entre o final de março e início de maio, ele disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. Em ambas as disputas, ficou a uma posição da medal race.
– Tenho trabalho muito para melhorar a velejada e tenho conseguido evoluir em vários aspectos. As largadas, por exemplo, são um ponto muito importante – explicou Scheidt.
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