Caso Wallace: com manutenção de punição à CBV, Comitê Olímpico do Brasil vai administrar o vôlei por seis meses

Oposto do Cruzeiro foi liberado para jogar após ação da CBV; Conselho de Ética do COB considerou um descumprimento grave de medida

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Campeão olímpico na Rio 2016, Wallace teve punição aumentada para cinco anos (Foto: Reprodução/Twitter)

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A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) não reconheceu que Wallace deveria ter sido proibido de jogar a final da Superliga entre Cruzeiro e Minas. Dessa forma, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) decidiu manter a punição à entidade com suspensão por seis meses. Durante esse período, informado primeiramente pelo blog "Olhar Olímpico", o voleibol brasileiro será administrado pelo próprio COB.

O acordo de reconhecimento do descumprimento de regra daria à CBV a chance de não ser suspensa e não perder o patrocínio do Banco do Brasil. Além disso, a punição de Wallace diminuiria de cinco para um ano, com retorno às quadras em fevereiro. No entanto, Radamés Lattari, presidente da CBV - afastado por decisão do COB - não selou a negociação diplomática.

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Para aceitar o acordo, a CBV teria de afirmar que a decisão do STJD, que concedeu medida liminar para Wallace atuar na final da Superliga, era inválida. Portanto, a punição de 90 dias dada pelo Conselho de Ética do COB, deveria ter sido cumprida integralmente.

A verba para as competições de vôlei, viajens de seleções de diferentes categorias, dentro outros gastos, não passarão pela CBV. As movimentações serão feitas diretamente pelo COB, assim como já ocorre em outras modalidades, como na natação.

A CBV ainda terá muito trabalho a fazer. Em outubro, o Rio de Janeiro sediará o Pré-Olímpico de vôlei, no Maracanãzinho. A entidade seguirá com o compromisso de organizar o evento junto à Federação Internacional de Vôlei (FIVB). No entanto, o COB levará a equipe para o torneio.

A CBV foi suspensa por deixar Wallace, punido pelo CECOB por incitação à violência sobre Luiz Inácio Lula da Silva, atuar na final da Superliga. Liberado pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem, que foi acionado pela CBV durante o caso, o oposto do Cruzeiro disputou a decisão e marcou o ponto do título. No entanto, o Conselho de Ética do COB aplicou sanções severas após, de acordo com a entidade, haver um descumprimento de medida.

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