Mais Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Brasil leva primeiro ouro na abertura do Mundial de Atletismo Paralímpico

Rayane Soares venceu os 400m T13. Alessandro Rodrigo foi bronze no arremesso de peso

Rayane Soares garantiu o primeiro ouro do Brasil (Foto: Ale Cabral/CPB)
Escrito por

A maranhense Rayane Soares conquistou o primeiro ouro do Brasil no Campeonato Mundial de atletismo paralímpico, em Dubai. Ela foi a mais rápida nos 400m da classe T13 (baixa visão). O evento começou nesta quinta-feira, com a participação de 43 atletas brasileiros entre os 1.400 inscritos de 120 países. 

Rayane não foi a única brasileira a garantir medalha neste primeiro dia nos Emirados Árabes Unidos. No arremesso de peso da classe F11 (cegos), o paulista Alessandro Rodrigo foi bronze, com 13,99m.

Somente o Brasil e a Bulgária subiram ao pódio duas vezes na estreia do Mundial de Dubai. Os búlgaros, contudo, conquistaram dois ouros e lideram o quadro de medalhas, enquanto que o Brasil está em segundo, com o ouro de Rayane e o bronze de Alessandro.

Seis entre os dez brasileiros que competem nesta sexta-feira, 8, segundo dia de provas, batalham por medalha em finais. O SporTV 2 transmite ao vivo a partir das 11h (de Brasília).

O ouro de Rayane no início da noite de Dubai (tarde no Brasil), veio em um fim de prova eletrizante. Ela ultrapassou nos últimos 30 metros a ucraniana Leilla Adzhametova, que liderava até então, e cruzou a linha de chegada sem saber se havia sido a campeã.

- Não tinha visto as outras garotas quando cruzei a linha de chegada, percebi que ganhei o ouro quando ouvi a torcida lá na arquibancada, aí caiu a ficha. É muita felicidade e o que mais quero agora é contar para minha mãe e minhas irmãs que venci - relatou a brasileira, que chegou à final com o melhor tempo das eliminatórias (57s84) e reduziu em 54 centésimos a marca na prova em que faturou o ouro.

Adzhametova acabou superada pela portuguesa Carolina Duarte, que garantiu a prata com 57s46, e a ucraniana, o bronze (57s55).

A maranhense radicada em Brasília tem baixa visão devido a uma microftalmia bilateral congênita. Entrou no esporte em 2015, após começar a namorar um atleta, com quem se casou. Ao acompanhá-lo aos treinos, experimentou a modalidade. Há dois meses, nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Rayane faturou a medalha de prata nos 100m.

Ela ainda correrá os 100m no domingo, 10, e dois dias depois, os 200m, para concluir a participação em seu Mundial de estreia.

- Os 400m são a prova mais difícil para mim, e graças a Deus fui campeã, agora vou me concentrar para as outras duas mais tranquila - comentou Rayane.

O paulista Alessandro Rodrigo faturou o bronze horas após a conquista de Rayane. O arremesso de peso da classe F11 é uma nova prova no programa dos Jogos Paralímpicos, e valerá medalha em Tóquio 2020. Alessandro chegou como o terceiro melhor do ranking mundial. Tinha 13,48m como melhor marca da vida e a meta era chegar aos 14m. Bateu na trave: após os seis arremessos, chegou a 13,99m e foi superado pelo croata Miljenko Vucic (14,42m) e pelo iraniano Mahdi Olad, líder do ranking mundial, que arremessou o peso a 14,44m.

- A meta era chegar perto dos 14 metros, a medalha seria consequência. Um centímetro não é nada, era só arrumar a trena lá”, disse em tom de brincadeira aos jornalistas na zona mista, após a prova. “Estou feliz pelo que alcancei aqui hoje (quinta-feira), eu continuo entre os três melhores do mundo, e o foco principal vai ser o disco, na quarta-feira - concluiu, referindo-se à principal prova, da qual é campeão mundial e paralímpico.