Brasil leva o ouro no 4x200m livre na China, com direito a recorde mundial

'Azarões', os brasileiros Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Leonardo Santos e Breno Correia fizeram bonito no Mundial de piscina curta e fecharam a prova com tempo de 6m46s81

Brasil leva ouro no Mundial da China
Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Leonardo Santos e Breno Correia comemoram na China (Sátiro Sodré/SSPress/CBDA)

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O quarto dia de provas no Mundial de piscina curta não era dos melhores para o Brasil no início das atividades. Etiene Medeiros, Cesar Cielo e Guilherme Guido não tinham conseguido bons resultados em suas finais, até que o revezamento masculino do 4x200m livre surpreendeu. Sem favoritismo, na raia sete, Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Leonardo Santos e Breno Correia conquistaram o ouro e ainda bateram o recorde mundial da prova, com 6m46s81, quase dois segundo a menos que a marca anterior, de 6m49s04.

Mais esperada do dia, a prova dos 4x200m livre tinha como franco favoritos os americanos e os chineses. Mas o Brasil, que se classificou para a final apenas com o sexto tempo, fez uma ótima bateria e conseguiu o lugar mais alto do pódio. Foi a segunda medalha do país, que já havia faturado o bronze no 4x100m livre. A Rússia levou a prata (6m46s84) e a China ficou com o bronze (6m47s53).

– Faz tempo que chegamos e esse título comprova isso. Colocamos nosso nome no papel e não vamos parar por aqui. Nossa meta é chegar em Tóquio para consolidar nosso nome entre os melhores do mundo  – disse Scheffer.

Luiz Altamir abriu a prova com muita força e virou os primeiros 200m na liderança, com tempo de 1m42s03. Fernando Scheffer manteve o ritmo e também passou o bastão para Leonardo Santos na liderança, com 1m40s99. Leo teve uma pequena queda no rendimento e viu os norte-americanos passarem à frente por pouco, fechando em 1m42s81. Mas a grande revelação do Brasil até aqui, Breno Correia, de 19 anos, tratou de retomar a ponta para os brasileiros com tempo de 1m40s98.

– É um sonho! Todo mundo aqui queria muito isso. Queríamos mais que todo mundo. Essa medalha mostra a dedicação de cada um aqui. Nós acordamos cedo, passamos por dificuldades, temos nossa vida em universidades também, suamos, choramos, somos seres humanos como qualquer pessoa e chegar aqui e conseguir levar o nome do Brasil ao topo do pódio é algo inexplicável – disse Altamir, que teve discurso complementado por Breno:

– Nosso 4x100m livre já vem muito bem e, agora, acho que o Brasil vai olhar com carinho também para o 4x200m. A gente sai muito satisfeito por com o recorde mundial. A gente sabia que era algo possível, estamos muito felizes com o objetivo concluído – disse Breno, que já tinha ido ao pódio com o bronze do 4x100m na abertura do Mundial.

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