Basquete: ‘Não abro mão da Seleção Brasileira’, afirma a pivô Clarissa

Única das convocadas originais da Seleção a não pedir dispensa do evento-teste para a Rio-2016, pivô do Corinthians/Americana não teme represália em meio à crise com a CBB

Treino da seleção Brasileira de Baskete
Pivô Clarissa foi a única da convocação original da Seleção a se apresentar (Foto: Alê Cabral/LANCE!Press)

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“Vim, vi e venci”. A célebre frase do general romano Júlio César pode ser adaptada á situação da pivô Clarissa, única atleta a não pedir dispensa da Seleção Brasileira de basquete para a disputa do evento-teste dos Jogos do Rio.

Em meio à crise entre os seis clubes da Liga Nacional (LBF) e a Confederação Brasileira (CBB), as equipes não liberaram suas atletas para a convocação, e sete jogadoras pediram dispensa do elenco alegando motivos pessoais. A única “rebelde” diz que pensou no país.

– Não teve nenhuma questão de ser induzida pelo clube a não comparecer. Minhas companheiras não estão aqui, mas cada uma tem sua particularidade. Posso responder apenas por mim: estou aqui e quero representar bem o Brasil – disse a pivô, após o primeiro treino com a equipe, em São Paulo, nesta quarta-feira.

O clube de Clarissa, o Corinthians/Americana, é uma dos principais críticos à atual gestão da CBB. Inclusive, duas atletas do time já haviam pedido dispensa da convocação para o evento: Gilmara e Joice.

A pivô, porém, decidiu “peitar” sua equipe. Porém, não quis entrar em polêmicas com relação à atual inimizade entre as entidades.

– Estamos todas na mesma luta. Treinando e nos esforçando para manter a modalidade bem no Brasil. Isso é o importante. Não abro mão da Seleção, de defender o basquete no país. Tive de seguir aquilo que acho que é certo na minha cabeça, que é defender a Seleção e jogar basquete. Sou paga para jogar e sou motivada a isso – comentou a atleta de 27 anos.

Após a disputa do evento-teste no Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 17 desse mês, reunindo as seleções da Argentina, Austrália e Venezuela, Clarissa não espera nenhum tipo de represália no retorno para seu time.

Para Antônio Carlos Barbosa, técnico da Seleção Brasileira, a postura da atleta não foi nenhuma surpresa, mas sim motivo de elogios.

– Clarissa acabou não aderindo a isso (críticas do colegiado), mostrando uma personalidade elogiável. Mais que o porquê (de sua apresentação), o que vale é a presença dela. Acho que ela não concordou com uma radicalização na proporção que foi tomada e aceitou a convocação.

Em meio a uma das maiores crises de sua história, a Seleção tenta recolher os cacos de olho na Rio-2016. E o primeiro passo foi dado nesta quarta-feira.

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