PF aponta que Nuzman tentou obstruir investigações, e aumentou em 457% seu patrimônio

Detido na manhã desta quinta-feira, presidente do COB detinha 16 barras de ouro. Investigações apontam tentativa de ocultar patrimônio 

Nuzman na PF
Nuzman foi detido na manhã desta quinta-feira (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

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A prisão de Carlos Arthur Nuzman, ocorrida na manhã desta quinta-feira, evidenciou o aumento de patrimônio do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A deflagração da Operação Unfair Play, um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, indica obstrução das investigações sobre ocultação patrimonial.

A segunda fase das investigações mostrou que Nuzman ampliou em 457% o valor de seu patrimônio nos últimos dez anos. Porém, a declaração de seus rendimentos não está indicada de forma clara.


Após o cumprimento de mandato de busca e apreensão ocorrido em setembro, foi achada uma chave de banco suíço. Além disto, Nuzman declarou, por meio da Retificação Federal, que detinha 16 barras de ouro (cada uma, com peso de um quilograma) na Suíça. O valor de todas as barras soma atualmente R$ 2.072.960,00. Também incluiu os R$ 480 mil em espécie encontrados pela Polícia Federal em sua residência, na Zona Sul. A medida seria uma manobra para aparentar legalidade às contas.

Além de Nuzman, detido sob acusação de intermediação na compra de votos para o Rio de Janeiro ser a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, foi preso nesta quinta-feira Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio-2016 e um dos auxiliares do presidente do COB.

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