ANÁLISE: Mesmo com derrota, Unifacisa consegue resultado histórico nas quartas do NBB diante de um quase imbatível Franca

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Histórico. Incrível. Impressionante. A Unifacisa pode não ter se classificado para as semifinais do NBB, mas escreveu um grande capítulo na sua trajetória no basquete brasileiro. Nesta terça-feira, a equipe paraibana foi derrotada pelo Franca, no Ginásio Pedrocão, por 83 a 74, e encerrou a sua caminhada na competição. No entanto, as duas vitórias sobre os atuais campeões do NBB, do Super 8 e da Champions League derrubaram recorde dos adversários e expuseram uma fato na modalidade: nenhum time é imbatível.

A Unifacisa terminou a fase de classificação da temporada regular na nona colocação. Ao todo, somou 16 vitórias e 16 derrotas, com 50% de aproveitamento. A equipe precisou passar, diferente do Franca, pelas oitavas de final. Contra o Corinthians, favorito no confronto, venceu tanto dentro quanto fora de casa.

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Em seguida, veio o encontro com o Franca. Durante a temporada regular, as equipes se encontraram por duas vezes. Duas vitórias do time de Helinho Garcia, assim como contra qualquer adversário na fase de classificação - foram 32 vitórias e nenhuma derrota. Ninguém esperava, portanto, uma disputa tão acirrada.

A história foi escrita logo no primeiro jogo. Fora de casa, a Unifacisa venceu o Franca por 100 a 92 e derrubou uma sequência de 46 vitórias consecutivas do adversário. Esse é o recorde de maior invencibilidade do basquete brasileiro - o Franca superou o COC Ribeirão Preto, que conquistou 43 vitórias seguidas entre 2002 e 2003.

Mas não foi por acaso. O raio caiu duas vezes no mesmo lugar. A Unifacisa perdeu o Jogo 2, mas venceu a terceira partida da série e ficou a uma vitória da classificação. Seria a primeira vez da equipe paraibana nas semifinais da principal competição nacional de basquete.

O Jogo 4 mostrou o Franca que o torcedor está acostumado a ver. Uma vitória acachapante por 100 a 78. Nesta segunda-feira, o desempenho não se repetiu. O time comandado por Lucas Mariano não conteve os bons avanços de Antonio, Gerson, que colocaram a Unifacisa nove pontos a frente no início do último quarto. Mas, a partir daí, entraram o favoritismo e a superioridade técnica dos francanos em quadra. Georginho e David Jackson brilharam e a equipe de Campina Grande se despediu, com a esperança de uma classificação heróica, da competição.

Diferente do futebol, por exemplo, o basquete não costuma ter a aparição de grandes zebras. É um esporte espetacular, mas que não dá muito espaço às diferenças técnicas. Por isso, o feito da determinada Unifacisa é ainda maior.

O Franca segue como o grande candidato ao título do NBB. Mas a Unifacisa, com personalidade nas decisões, mostrou que ainda tem muito a crescer no cenário nacional. É a oportunidade, inclusive, de brigar por protagonismo na modalidade. Precisa, é claro, de muito investimento. Mas apoio do torcedor, que se deleitou com a determinação de cada um dos atletas nas quartas de final, é certo.