Anderson Silva admite possível despedida do UFC, mas revela desejo de seguir lutando: ‘Tenho lenha pra queimar’

Com luta marcada diante de Uriah Hall, neste sábado (31), na luta principal do UFC Vegas 12, Anderson Silva admite que duelo pode marcar sua despedida do Ultimate, mas aos 45 anos, revela que pretende seguir lutando

(Foto: Divulgação)
Aos 45, Anderson disse que ainda tem ‘lenha para queimar’ (Foto: Reprodução/Instagram/@spiderandersonsilva)

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Por Mateus Machado 

Sem lutar desde maio do ano passado, Anderson Silva retorna ao octógono neste sábado (31), na luta principal do UFC Vegas 12, em Las Vegas (EUA), em duelo contra Uriah Hall. A organização vem tratando o combate de maneira especial, citando que se trata da “despedida” do brasileiro, que ostentou o cinturão peso-médio da organização por anos. No entanto, os planos do “Spider”, atualmente com 45 anos, não estão alinhados exatamente dessa forma.

Nesta semana, em conversa virtual com jornalistas brasileiros, Anderson, que vem de duas derrotas consecutivas no Ultimate, para Israel Adesanya e Jared Cannonier, afirmou que o combate diante de Uriah Hall pode marcar, sim, sua despedida do UFC, organização que representa desde 2006, no entanto, a lenda do MMA garante que ainda tem “lenha para queimar” no esporte, dando a entender que pretende seguir sua carreira em caso de saída da franquia comandada por Dana White. Veja cotações de apostas UFC:

- Pode ser que seja (a última luta), ou não, vamos aguardar. Primeiro, acho que pode ser a ultima no UFC, sim, mas foi um comum acordo entre o Dana White e a gente, e vamos ver o que vai ser conversado depois dessa luta contra o Uriah Hall. Pode ser que eu faça a outra luta que tem restante no contrato ou não, vai ser definido a partir de sábado, tudo isso vai ser conversado e tudo pode acontecer. Sinto que tenho lenha para queimar ainda no esporte. Da forma como estamos treinando e toda a preparação física, tenho muita lenha para queimar. Vou ver as decisões que terei que tomar sobre continuar ou não, de estar ou não lutando. Meu desejo é de continuar (lutando), com certeza - disse o Spider, que ao longo de sua carreira no MMA, que já dura quase 25 anos, contabiliza um cartel de 34 vitórias, 10 derrotas e um “No Contest” (luta sem resultado).

Ao longo do bate-papo, Anderson Silva falou mais sobre a possibilidade de despedida do UFC, comentou sobre o legado que deixa para seus fãs e admiradores do MMA, relembrou o período em que pensou em se aposentar do MMA, antes da primeira luta contra Chris Weidman, que ocorreu em 2013, e por fim, falou sobre o fato de realizar sua possível última luta no Ultimate sem a presença do público.

Veja a entrevista completa:

– A luta contra Uriah Hall será, de fato, a última no UFC ou até mesmo a última na carreira?

Pode ser que seja (a última luta), ou não, vamos aguardar. Primeiro, acho que pode ser a ultima no UFC, sim, mas foi um comum acordo entre o Dana White e a gente, e vamos ver o que vai ser conversado depois dessa luta contra o Uriah Hall. Pode ser que eu faça a outra luta que tem restante no contrato ou não, vai ser definido a partir de sábado, tudo isso vai ser conversado e tudo pode acontecer. Sinto que tenho lenha para queimar ainda no esporte. Da forma como estamos treinando e toda a preparação física, tenho muita lenha para queimar.

– O UFC e o Dana estão promovendo sua luta como a última. É o que você quer, de fato?

A promoção feita pelo UFC está sendo de forma correta, porque, talvez, pode ser minha última luta no Ultimate, mas vamos ver, vamos esperar para ver o que vai ser definido. Por enquanto, meu foco é na luta contra o Uriah Hall. Depois da luta, vou ver as decisões que terei que tomar sobre continuar ou não, de estar ou não lutando. Meu desejo é de continuar (lutando), com certeza.

– Sendo ou não sua despedida, qual legado você deixa para as pessoas?

Eu acho que é como um amigo meu fala: legado não é o que você deixa para as pessoas, e sim o que você deixa nas pessoas. Deixei carinho, amor e muita persistência. É esse o legado que fica para as próximas gerações. Se eu pudesse definir minha carreira em uma palavra, seria ‘amor’. Sempre fiz tudo com muito amor durante minha carreira, fiz muitas lutas, me dediquei muito.

– Se decidir continuar lutando, até quando acha que pretende seguir? Antes da primeira luta com o Weidman, você estava realmente decidido a parar?

Não sei exatamente. O atleta tem essa coisa do tempo exato de parar, ele sabe. Você pode acordar um dia e resolver parar, mas não tem um momento ideal. Quando for para ser, eu vou sentir isso. Naquele momento, antes da primeira luta contra o Chris Weidman, eu realmente estava cansado, minha mente estava cansada e eu precisava de um tempo. Eu realmente queria parar naquele momento. Isso aconteceu alguns meses antes da luta, antes de aceitar a luta eu já estava com a cabeça muito cansada.

– Possível despedida do UFC sem a presença de público

É tudo muito novo, toda essa situação. O mundo se transformou, as coisas mudaram para todos. Para mim, é mais um dia de trabalho, mais um dia que tenho que me focar e estar 100%. Mas é diferente. Eu nunca lutei assim, para mim vai parecer um treino. Mas é uma sensação estranha, sem dúvida.

CARD COMPLETO:

UFC Fight Night 181
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 31 de outubro de 2020

Card principal (20h, horário de Brasília)
Peso-médio: Uriah Hall x Anderson Silva
Peso-pena: Bryce Mitchell x Andre Fili
Peso-médio: Kevin Holland x Charlie Ontiveros
Peso-pesado: Maurice Greene x Greg Hardy
Peso-leve: Bobby Green x Thiago Moisés

Card preliminar (17h, horário de Brasília)
Peso-leve: Chris Gruetzemacher x Alexander Hernandez
Peso-galo: Adrian Yanez x Victor Rodriguez
Peso-médio: Sean Strickland x Jack Marshman
Peso-meio-médio: Cole Williams x Jason Witt
Peso-meio-pesado: Dustin Jacoby x Justin Ledet
Peso-mosca: Cortney Casey x Priscila Pedrita
Peso-galo: Miles Johns x Kevin Natividad

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