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Como funciona a zona de revezamento no atletismo? Veja quando a troca do bastão é válida

Entenda as regras para a troca do bastão nas corridas de revezamento.

imagem cameraAtletas realizam a troca do bastão dentro da zona de revezamento, nos 4x100m. (Javier SORIANO / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 30/07/2025
08:38

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Corridas de revezamento exigem velocidade e sincronia entre atletas.
Zona de revezamento tem 30 metros onde a troca do bastão deve ocorrer.
Troca fora da zona resulta em desclassificação da equipe.
Coordenação precisa e tempo de reação são fundamentais para o sucesso.
Substituições de corredores só podem ser feitas antes da prova.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

As corridas de revezamento são algumas das provas mais emocionantes do atletismo, exigindo não apenas velocidade, mas também sincronia perfeita entre os atletas. A passagem do bastão é o momento mais delicado dessas disputas no esporte, sendo responsável por vitórias históricas, mas também por eliminações frustrantes — até mesmo entre favoritos ao pódio. Como funciona a zona de revezamento no atletismo? O Lance! explica.

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Apesar de parecer simples à primeira vista, a troca do bastão nas provas de 4x100m e 4x400m é regida por regras rígidas estabelecidas pela World Athletics (antiga IAAF). A principal delas diz respeito à zona de revezamento, um trecho delimitado da pista onde a passagem deve obrigatoriamente acontecer. Qualquer erro de posicionamento ou antecipação pode comprometer o desempenho da equipe ou até gerar desclassificação imediata.

Por isso, equipes treinam exaustivamente a troca, muitas vezes mais do que a própria corrida. O momento do passe exige confiança, tempo de reação preciso e coordenação técnica. O menor erro pode significar a perda de centésimos preciosos — ou de toda a competição.

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Neste texto, você vai entender como funciona a zona de revezamento, qual é a extensão permitida para a troca do bastão e o que diz a regra em casos de erro na transição entre os atletas.

Como funciona a zona de revezamento no atletismo?

A zona de revezamento é um trecho da pista com 30 metros de comprimento, onde obrigatoriamente deve ocorrer a troca do bastão entre os corredores. Essa zona está devidamente demarcada com linhas brancas, visíveis na pista, e sua medição começa a partir da linha inicial da área, estendendo-se por 30 metros no sentido da corrida.

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Até 2017, a zona de revezamento nas provas de 4x100m era de apenas 20 metros, com mais 10 metros de “zona de aceleração” anteriores. Porém, para evitar erros de interpretação e tornar a regra mais clara, a World Athletics unificou esse espaço em uma única zona válida de 30 metros — sem mais divisão entre zona de aceleração e zona de troca. Isso vale tanto para o revezamento 4x100m quanto para o 4x400m.

A principal exigência da regra é que o bastão deve ser passado de um atleta para o outro dentro desses 30 metros. Se a troca ocorrer antes da linha inicial ou após a linha final da zona, a equipe é automaticamente desclassificada. O mesmo acontece se o bastão for derrubado e não for recuperado de forma legal, ou se houver qualquer tipo de obstrução ou interferência durante o passe.

Nas provas de 4x100m, o tempo de reação e a precisão são ainda mais cruciais, já que os atletas atingem velocidades máximas e não há tempo para ajustes. O corredor que recebe o bastão normalmente começa a correr antes de recebê-lo, dentro da própria zona, enquanto o que está chegando deve cronometrar o passe no exato momento. Muitos utilizam comandos vocais, como gritos ou palavras-chave, para coordenar a entrega.

Já nas provas de 4x400m, o passe tende a ser mais controlado e feito com atletas menos próximos da velocidade máxima, já que a resistência conta mais do que o sprint. Mesmo assim, a troca fora da zona ou uma falha no encaixe do bastão também pode resultar em penalizações.

Um detalhe importante é que o bastão em si é o objeto de referência: o que importa para a legalidade da troca é se o bastão ainda está dentro da zona no momento em que passa de uma mão para a outra — não a posição dos atletas. Ou seja, mesmo que os dois corredores estejam parcialmente fora da zona, se o bastão estiver dentro do limite no momento da passagem, a troca é válida.

Além disso, a zona de revezamento é usada exclusivamente para a troca — não há margem para desaceleração ou correções posteriores. É comum ver equipes cometendo erros ao tentar ajustar o movimento fora da zona, o que automaticamente leva à desclassificação.

Treino repetitivo

Equipes olímpicas e profissionais treinam a troca por meses antes de grandes competições, ajustando detalhes como o número de passadas até o ponto ideal, o posicionamento dos braços, a altura da entrega e o comando de voz. A eficiência nesse processo pode garantir uma vitória mesmo contra adversários mais rápidos.

Por fim, embora cada equipe seja composta por quatro atletas, muitas levam reservas para o caso de lesões ou ajustes táticos. Substituições, no entanto, só podem ser feitas antes da prova — uma vez iniciada, a sequência de corredores deve seguir conforme definida, respeitando a ordem e as regras da zona de revezamento.

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