As provas concretas de que futebol é arte. Coletiva e individual
Dois gols históricos em Copas do Mundo estão de aniversário neste 21 de junho

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Se possa existir qualquer dúvida de que futebol é arte, das mais puras, dois gols históricos em Copas do Mundo, que completam aniversário nos dias 21 e 22 de junho, são as provas concretas de que é. Seja uma construção coletiva, como no primeiro, ligado ao tricampeonato do Brasil, aquele que transformou a seleção em Seleção. Ou uma peça individual, como segundo, que tem a assinatura do melhor jogador de futebol depois de Pelé.
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A obra de arte coletiva
Assim como o tricampeonato do Brasil, um golaço, obra de construção coletiva, apontado por muitos como um os mais belos das Copas do Mundo está comemorando 55 anos neste sábado (21). Trata-se do gol que completou os 4 a 1 sobre a Itália, naquela tarde na Cidade do México. O lance, aos 41 do segundo tempo, durou cerca de 30 segundos
A bola passou pelos pés de nove jogadores. Desde que Tostão roubou a redonda na lateral esquerda, até o petardo de Carlos Alberto para o fundo das redes italiana, ela circulou por Piazza, Clodoaldo, Pelé, Gérson, Clodoaldo de novo (dessa vez driblando quatro adversário), Rivellino, Jairzinho, Pelé, outra vez, e o camisa 2.
Quando chegou a Pelé, na frente da área italiana, é possível ver Tostão apontando para o lado direito do campo, indicando que o capitão do time do Brasil vinha como um trem em alta velocidade. Um golaço inesquecível. Uma obra prima a 18 mãos. Melhor, 18 pés.
A obra de arte individual
Foram precisos 16 anos e quatro Mundiais para outro gol marcar tanto a história da competição. Em 22 de junho de 1986, Argentina e Inglaterra se enfrentavam pelas quartas de final da Copa do México. O jogo ia além das quatro linhas, envolvendo também o passado recente dos dois países: a Guerra das Malvinas.
Só que isso é outra história. Seu autor é um tal de Diego Armando Maradona. O camisa 10 da Argentina é o autor da jogada individual que resultou no outro gol histórico. Depois de ter marcado aquele que ficou conhecido como La Mano de Díos, Pelusa fez o gol dos gols. O lance todo durou cerca de dez segundos.
Eram dez minutos do segundo tempo, quando ele recebeu a bola na intermediária hermana. Em dois segundos, deixou dois britânicos para trás. Com oito, outros dois. Com 11, vencia o goleiro Shilton e botava a bola na rede. Se a primeira-ministra Margaret Thatcher ou a Rainha Elizabeth estivessem em campo, teriam sido dribladas também. Sem nenhuma cerimônia.
O gol rendeu ao uruguaio radicado na Argentina Víctor Hugo Morales uma das melhores narrações da sua carreira. Após a bola cruzar a linha e estufar as redes, ele disse:
– Quero chorar! Meu Deus, viva o futebol!... Dá para chorar, me desculpem... Maradona... na jogada de todos os tempos... De que planeta você veio? E terminamos parafraseando Morales, acreditando ou não em Deus, obrigado, Deus, pelo futebol, por Maradona, Pelé, Tostão, Carlos Alberto e tantos gênios da bola.

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