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Os bastidores da reunião do Internacional após a derrota para o São Paulo

O Lance! apurou que houve cobranças no vestiário, mas trabalho continua

Roger Machado, Internacional
imagem cameraRoger Machado tem a confiança dos dirigentes (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
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Roberto Jardim
Porto Alegre (RS)
Dia 04/08/2025
17:37
Atualizado em 05/08/2025
16:56

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Depois da derrota para por 2 a 1 para o São Paulo, na noite de domingo (4), pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, a direção reuniu a comissão técnica e os jogadores no vestiário do Internacional. Visando a recuperação da equipe, principalmente com a necessidade de vencer o Fluminense na quarta-feira (6), para não cair na Copa do Brasil, foram feitas cobranças de parte a parte. O Lance! apurou os bastidores da conversa.

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No jogo do Maracanã, o Colorado precisa vencer o Tricolor Carioca por dois gols de diferença para garantir a classificação às quartas de final. Se for vitória simples, a decisão vai para as cobranças de penalidades.

Presidente sozinho no elevador

Assim que o árbitro trilou o apito finalizando a partida do Brasileirão, o presidente Adriano Barcellos foi visto descendo sozinho o elevadores que vai das cabines no sexto andar o Beira-Rio até a zona mista. O time ainda ouvia vaias no gramado quando o cartola chegou ao vestiário, onde encontrou os demais dirigentes.

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Todos com cara de poucos amigos, devido ao terceiro resultado adverso na semana. Os atletas e integrantes da comissão técnica também estavam tensos. O encontro iniciou com cobranças por responsabilidades de todos os envolvidos. Dos próprios dirigentes aos jogadores, passando, claro, pelo técnico Roger Machado.

Conversa inicial entre os atletas

Primeiro, a conversa foi apenas entre a equipe. Os atletas fizeram seu auto-exigiram, deixando clara a necessidade de comprometimento de todo o grupo. Depois, integrantes da direção dialogaram com o treinador. De acordo a apuração o Lance!, não esteve na pauta a demissão da comissão técnica. O foco é blindar o grupo e buscar a reação fora de casa.

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Como deixou claro o vice de futebol José Olavo Bisol, na entrevista que concedeu logo em seguida, há confiança total no trabalho de Roger. Foi repassada crença na capacidade do elenco em conseguir a virada no enfrentamento com o Fluminense. Apesar do “prestígio” e da “garantia” de que o técnico alvirrubro permanece no comando, isso poderá ser revisto caso a equipe não se classifique.

Entre os temas da reunião foram apontadas questões técnicas e táticas, principalmente as que têm dificultado o desempenho do time nas últimas partidas.

Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, é um dos convidados confirmados na Confut Sudamericana 2025
Barcellos foi direto para o vestiário (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

Apoio dos jogadores para Roger Machado ficar

O técnico do Internacional vive seu pior momento com a pressão devida às últimas atuações no Campeonato Brasileiro e à desvantagem na Copa do Brasil. Apesar disso, Roger Machado tem apoio dos jogadores, o que é essencial para ele ficar no cargo. Conforme apurou o Lance!, a avaliação foi levada em conta pela diretoria colorada. Por conta disso, o vice de futebol José Olavo Bisol garantiu o treinador no cargo.

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Como o próprio comandante alvirrubro avaliou, a permanência de qualquer técnico no cargo passa pelos resultados. Ou seja, para Roger Machado ficar no Beira-Rio, é essencial uma classificação na Copa do Brasil.

Apoio aberto em reunião

Após a derrota de 2 a 1 para o São Paulo, pela 18ª rodada do Brasileirão, domingo (3), em Porto Alegre, direção, comissão técnica e jogadores realizaram uma reunião no vestiário. Na conversa, todos tiveram oportunidade de falar. Da parte dos atletas, além de um diagnóstico sobre o próprio time,  foi ouvido que o treinador tem apoio dos seus comandados.

Apesar disso, há informações de que, se não conseguir a classificação diante do Fluminense – a partida de ida terminou 2 a 1 para o Tricolor Carioca –, Roger Machado está ameaçado no cargo. Por isso, a necessidade de resultados positivo nesta quarta (6).

Sem exercícios de futuro

Após o encontro, Roger Machado falou que, com 34 anos de experiência, somando campo e casamata, tem experiência para saber que qualquer trabalho depende de vitórias.

– A gente sabe que eliminações acarretam prejuízos – reconheceu

Depois dele o vice de futebol disse não trabalhar com a hipótese de trocas no departamento. E acrescentou:

– Temos confiança total no Roger.

Questionado se podia garantir o comandante na casamata, Bisol, argumentou:

– Não posso prever o futuro.

Carbonero e Roger Machado, do Internacional
Carbonero comemora com Roger Machado no empate com o Vasco (Foto: Ricardo Duarte/SCI)

Esquema de Roger Machado está mapeado pelos adversários

Acabada a derrota por 2 a 1 para o São Paulo, no domingo (3), pela 18ª rodada Campeonato Brasileiro, uma longa reunião foi realizada no vestiário do Internacional. Falaram jogadores, comissão técnica e dirigentes. Um dos diagnósticos saído dessa conversa, conforme apurou o Lance!, foi de que o esquema do técnico Roger Machado está mapeado.

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Na verdade, o apontamento é anterior, já que o time enfrentou o Tricolor Paulista com mudança na formação tática. O problema, porém, foi reforçado na discussão.

Esquema tático ficou previsível

Na análise feita internamente, o entendimento é de que a boa campanha do time do Inter em 2024 – quando chegou a ter 16 jogos de invencibilidade –, bem como no título do Gauchão e começo do Brasileirão e da Libertadores deste ano – quando ficou mais 17 confrontos sem perder – passou pelo 4-2-3-1 formatado pelo treinador. Por isso, há quem veja que a crise passa por ele

Afinal, para esses, esse mesmo esquema tático do comandante Colorado tornou-se “visado”, “mapeado” pelos adversários. Com isso, a formação com quatro zagueiros, dois volantes, três no meio, sendo dois deles atuando pelas pontas, e um atacante centralizado, passou a ser neutralizada.

Falta repertório para alternativas

Além disso, foi observado que tem faltado repertório à equipe. Se no momento em que tinha Fernando, o time conseguia variar ao longo de um jogo – passando ao 3-5-2 ou ao 4-4-3 –, nas últimas seis partidas não tem conseguido apresentar alternativas. Daí, o uso do 3-5-2 contra o São Paulo, no domingo passado.

Mais do que espelhar o time com o Tricolor Paulista, foi uma busca por solução para tirar o Colorado da situação e conseguir um novidade para surpreender o Fluminense na quarta (30), pela volta da Copa do Brasil. O problema é que com jogos no meio e no final de semana, a nova formação ainda não teve tempo de treino para se tornar permanente.

Diagnóstico da má-fase feito pelos jogadores

Mesmo tendo o intervalo da Copa do Mundo de Clubes para acertar os erros cometidos em boa parte das 12 primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, a volta repetiu as falhas. As três vitórias consecutivas maquiaram os defeitos, escancarados nas últimas três partidas. Nos bastidores, o diagnóstico da má-fase do Internacional está feito. Conforme apurou o Lance!, os próprios jogadores chegaram à conclusão.

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O Colorado tem a chance de espantar a instabilidade nesta quarta-feira (30), na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O Alvirrubro precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. Vitória simples, leva para os pênaltis.

Vitórias maquiaram a má-fase

As três vitórias seguidas no retorno ao Brasileirão – contra Vitória, Ceará e Santos – empurraram a má-fase e a atual crise por algumas semanas. O próprio técnico Roger Machado disse após a primeira partida que o resultado havia sido melhor do que o jogo. Três jogos depois, ele comentou que a reação para buscar o empate era o único ponto positivo.

Internamente, as análises chegaram a alguns diagnósticos. O principal deles veio dos próprios atletas. Para eles, têm faltado coletividade, ou conjunto, ao time. De acordo com fontes do Lance!, alguns boleiros entendem que, nas suas melhores atuações, o Inter sempre atacou e defendeu em bloco, como treinado exaustivamente.

Jogadores se veem afastados em campo

Nas últimas rodadas, inclusive antes do Mundial, as peças do time acabaram se distanciando entre si. A avaliação é de que os jogadores se distanciaram, em todas as ações, inclusive na marcação sobre pressão.

Na zona mista após o enfrentamento do último jogo, o atacante Rafael Borré chegou a antecipar esse diagnóstico, ao comentar os problemas ofensivos da equipe:

– Precisamos encontrar conexão e parcerias. Essas pequenas parcerias dentro do campo são as que te permitem ter situações (de gol) e essas situações te permitem ganhar a partida – comentou o colombiano.

Rafael Borré, atacante do Internacional
Rafael Borré no jogo contra o São Paulo, no Beira-Rio (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
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