Análise: Internacional na base do drama e da mística de Abel Braga
Colorado só abriu o placar aos 4 da etapa final, enquanto adversários sucumbiam

- Matéria
- Mais Notícias
A permanência do Internacional na Serie A do Campeonato Brasileiro está baseada no drama e na mística de Abel Braga. O drama, por conta da última rodada e dos resultados paralelos, que começaram contrários ao Colorado, mas ficaram favoráveis no começo da etapa final. E a mística, devido, claro, a presença de Abel Braga na casamata da equipe. E foi assim, com um 3 a 1 sobre o Bragantino, combinado com derrotas de Ceará e Fortaleza, que o Alvirrubro evitou o segundo rebaixamento.
➡️Tudo sobre o Colorado agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Internacional
Agora, o elenco entra de férias até o começo de janeiro – o Gauchão se inicia no final de semana do dia 11 –, enquanto a direção deve começar a trabalhar para reforçar o time e, principalmente, encontrar um técnico para comandar a equipe.
Na base do drama
O torcedor colorado teve um teste para cardíaco. Precisando não só vencer como torcer por resultados paralelos, estava claro que a permanência passaria pelo drama do acompanhamento dos demais duelos. E tudo começou da pior forma possível, com Ceará, Fortaleza e Santos marcando primeiro.
Com dois gols em poucos minutos, o Peixe escapou do radar alvirrubro ainda no primeiro tempo. Já no Engenhão e no Castelão, Botafogo e Palmeiras reagiam, empatavam e viravam seus confrontos. Só faltava o Inter marcar o seu para sair definitivamente do Z4, o que aconteceu somente aos quatro da etapa final.
E foi quase que uma resposta à comemoração da torcida a um gol do Fogão, o Inter abriu o marcador com Mercado, de cabeça. Depois que o time de Abel Braga ampliou com Alan Patrick, que fez seu 21º gol do ano e o 11º no Brasileirão, e com Carbonero, em contra-ataque fulminante. A permanência estava garantida com os placares, tanto no Beira-Rio como nos outros jogos. Faltava só o apito final.

A mística de Abel Braga
E, claro, apesar da goelada por 3 a 0 no primeiro jogo, a fuga da queda para a Série B passava pela mística que envolve Abel Braga. Maior técnico da história do clube, com 337 jogos, 189 vitória, 81 empates e 69 derrotas, e dois dos títulos mais importantes, a Libertadores e o Mundial de 2006, Abelão tem uma mística quando se fala de vermelho.
Foi ele o comandante do maior clássico da era Beira-Rio, aquele que ficou conhecido como Gre-Nal do Século. Na semifinal do Brasileirão de 1988, o Inter foi para o intervalo tomando um banho de bola, com um a menos e 1 a 0 para o rival. Na volta, virou o derby para 2 a 1 e foi à final.
E essa mística esteve presente no jogo com o Bragantino. Após um primeiro tempo insonso, o time voltou diferente na segunda etapa. Empurrado pelos gritos da torcida, que torciam mais por Abel do que para a equipe, o Inter conseguiu marcar três gols e contar com a sorte dos placares paralelos.
Mérito total para a mística de Abel, que volta à aposentadoria ou permanece no Beira-Rio como dirigente, o futuro ainda é incerto. De resto, nada a comemorar, a não ser o alívio de não disputar a Série B em 2026. Agora, é reconstruir o trabalho, que o Brasileiro começa logo ali, em 28 de janeiro.

- Matéria
- Mais Notícias


















