Brasileiro de futebol em cadeira de rodas agita o Parque Olímpico

Campeonato nacional da modalidade, que sonha em entrar no programa esportivo na Paralimpíada de Paris-2024, está marcado para o próximo final de semana, na Arena 2

O futebol em cadeira de rodas, também chamado de Power Soccer, reúne competidores de todos os sexos
O futebol em cadeira de rodas, também chamado de Power Soccer, reúne competidores de todos os sexos (Crédito: Divulgação)

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Uma modalidade que sonha em ter seu lugar no programa esportivo da Paralimpíada estará em ação em um dos legados da Rio-2016. Neste final de semana (dias 28 e 29), haverá a disputa do 6º Campeonato Brasileiro de futebol em cadeira de rodas, marcado para acontecer na Arena 2, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

O evento, de entrada franca, é de iniciativa da ABFC (Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas) e visa à promoção da inclusão social através do esporte para pessoas com deficiência. A disputa reunirá quatro equipes: Clube Novo Ser Power Soccer (primeiro time de Futebol em Cadeira de Rodas da América Latina) do Rio de Janeiro (RJ); ADESUL – Noho Power Football, de Fortaleza (CE); Blue Angels Power Soccer de Rio Claro (SP); e o Rio de Janeiro Power Soccer (RJ).

Também conhecida como Power Soccer e com competidores de ambos os sexos, a modalidade espera entrar no programa paralímpico nos Jogos de Paris-2024. A ideia é que cerca de 100 atletas entrem em quadra na competição.

O atleta Darci Júnior vê o Brasileiro como uma forma excepcional para apresentar a modalidade e assim sonhar com voos mais altos.

- Esta competição no Brasil é muito importante porque mostra a seriedade com que o esporte é tratado, aumentando a chance de se tornar modalidade paraolímpica - afirmou.

O campeonato, reconhecido e patrocinado pela Federation Internacionale of Powerchair Futebol (FIPFA), também deve estimular o interesse de novos adeptos à prática da modalidade, que ainda sofre com a falta de apoio na promoção do esporte no Brasil.

Segundo o presidente da AGLO (Autoridade de Governança do Legado Olímpico), Paulo Márcio Mello, essa é mais uma atividade importante no calendário de eventos do Parque, uma vez que promove o esporte inclusivo.

- Toda ação de inclusão social é bem vinda. Especialmente aquela que traz benefícios específicos através do paradesporto, como por exemplo, o desenvolvimento de potencialidades físicas e sociais aos atletas com algum tipo de deficiência - explicou Mello.

Para o presidente da ABFC, Marcos Antônio Santos, a cessão da arena por parte da AGLO representa uma oportunidade de os atletas cadeirantes utilizarem o que há de mais moderno em termos de estrutura.

- Ter a chance de realizar nosso campeonato num lugar que entrou para a história do Rio e é referência no esporte é algo muito enriquecedor para qualquer atleta -  comemorou Santos.

Como é o jogo

Disputado por duas equipes com oito jogadores (quatro em quadra, com três na linha e um no gol), o Power Soccer é dividido em dois tempos, de 20 minutos cada. A marcação é sempre entre dois atletas contra um, sendo que o terceiro não pode participar, devendo ficar a uma distância de três metros da bola.

A bola, aliás, tem uma particularidade – possui 33 cm de diâmetro, maior em comparação à oficial de futebol tradicional, que possui entre 21 e 22 cm. Não existe impedimento na modalidade e a cadeira de rodas motorizada não pode ultrapassar a velocidade de 10km/h.

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