Vôlei e judô lideram distribuição de verbas da Lei Piva 2018

COB anunciou nesta terça-feira a divisão do dinheiro que vem da Lei Agnelo/Piva, com verbas das loterias. Um total de 11 critérios serão aplicados nas confederações

Paulo Wanderley, presidente do COB
Paulo Wanderley, presidente do COB, disse que a entidade já vem aplicando os conceitos de austeridade, transperência e meritocracia na nova divisão de verbas da Lei Piva (Crédito: Agência Brasil)

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Com apresentação de novos critérios de análise das confederações esportivas, entre eles desempenho de atletas em competições sub-21, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) anunciou nesta terça-feira como será a divisão dos recursos da Lei Agnelo/Piva, das verbas das loterias esportivas. Para a próxima temporada, haverá uma previsão de aumento de 7,1% da arrecadação, passando de R$ 210 milhões para R$ 225 milhões.

Descontados os percentuais destinados aos esportes escolar/universitário e fundo olímpico, as confederações deverão ter à disposição R$ 95 milhões, 11,8% a mais do que em 2017, quando foram repassados R$ 85 milhões.

- Já estamos colocando em prática as três metas propostas pelo COB, com a austeridade, graças à transferência já anunciada da sede para o Parque Maria Lenk; a análise de mérito, que fundamenta a distribuição dos recursos; e a transparência, pois esta apresentação já foi demonstrada no Ministério do Esporte e na Comissão de Esporte da Câmara Federal - afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

Com transmissão da apresentação também pela internet, a área técnica do COB, comandada por Adriana Behar e Jorge Bichara, exibiu gráficos e explicou os caminhos que levaram à divisão proposta nesta terça-feira. Segundo Adriana Behar, foram feitos ajustes e avaliações nos critérios apresentados no ano passado.

Em termos percentuais, vôlei e judô acabaram sendo beneficiados pelos critérios estabelecidos para 2018. A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) receberá R$ 6.264.331,29, enquanto o judô foi contemplado com R$ 6.248.099,37. A CBVela aparece com a terceira maior fatia do bolo para a próxima temporada, R$ 4.835.922,59.

A canoagem, que brilhou na Olimpíada Rio-2016 graça à performance sensacional de Isaquias Queiroz, subiu de patamar para 2018 e terá à disposição R$ 4.013.505,46. Mais do que os esportes aquáticos, que têm a natação como carro-chefe. A CBDA, que passou por grave crise institucional este ano, tendo inclusive a presença de um interventor antes da eleição de Miguel Cagnoni, receberá R$ 3.791.669,26.

Peso dos critérios

Entre os 11 novos critérios estabelecidos para 2018, terá peso maior o fato da confederação ter tido um medalhista no último Campeonato Mundial adulto (17%). Medalhista na última Olimpíada terá 15,6% de peso, mesmo valor da prestação de contas das entidades. A novidade passa a ser a presença de medalhista em Mundiais Sub-21, com 14,3% de peso. O quinto quesito beneficia quem teve multimedalhista na Rio-2016, 12,1% no peso final de avaliação (critério que ajudou a canoagem a subir de patamar na lista do COB).

Também foram contemplados nesta lista as modalidades dos esportes de inverno, já pensando na realização dos Jogos Olímpicos de PyeongChang-2018. Serão R$ 1,5 milhão para os desportos na neve e R$ 1,3 milhão para os desportos no gelo. Também foi destinada uma verba para os novos esportes propostos para os Jogos de Tóquio-2020, Cada uma das cinco modalidades (caratê, escalada, beisebol/softbol, skate e surfe) terá R$ 719,7 mil para 2018. Ainda estarão reservados R$ 3,6 milhões pra o COB aplicar em projetos e programas de treinamento voltados para estes cinco esportes.

A partir do próximo dia 30, todas as confederações começarão a se reunir com a área técnica do COB para aprovação do plano de trabalho para ser executado em 2018, de acordo com os recursos que elas receberão.​

Quanto receberá caba confederação

Confira na lista abaixo quanto as confederações olímpicas brasileiras receberão de repasse da Lei Agnelo/Piva para 2018:

Atletismo - R$ 4.346.259,76
Badminton - R$ 2.259.105,75
​Basquete - R$ 2.072.438,71
Beisebol/Softbol - R$ 719.696,97
​Boxe - R$ 3.718.625,63
Canoagem - R$ 4.013.505,46
Caratê - R$ 719.696,97
Ciclismo - R$ 2.348.381,30
Desportos Aquáticos - R$ 3.791.669,26
Desportos na Neve - R$ 1.598.925,81
Desportos no Gelo - R$ 1.341.920,46
Escalada - R$ 719.696,97
Esgrima - R$ 2.391.666,41
Ginástica - R$ 4.213.699,10
Golfe - R$ 2.307.801,50
Handebol - R$ 2.567.512,18
Hipismo - R$ 2.651.377,08
Hóquei sobre grama - R$ 2.165.772,23
Judô - R$ 6.248.099,37
​Levantamento de peso - R$ 3.065.290,97
Pentatlo moderno - R$ 2.786.643,06
Remo - R$ 2.192.825,42
​Rúgbi - R$ 2.229.347,24
Skate - R$ 719.696,97
Surfe - R$ 719.696,97
​Taekwondo - R$ 2.697.367,51
Tênis - R$ 2.733.889,33
Tênis de mesa - R$ 2.305.096,18
Tiro com arco - R$ 2.510.700,47
Tiro esportivo - R$ 3.136.981,93
Triatlo - R$ 2.156.303,61
Vela - R$ 4.835.922,59
Vôlei - R$ 6.264.331,29
Wrestling - R$ 2.851.570,72
​Time Brasil/esportes para 2020 - R$ 3.598.484,85*
* Prioridade para aplicação em programas e projetos aos novos esportes que serão disputados em Tóquio-2020​

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