LANCE! Espresso: Grêmio definhou em campo, e Renato Portaluppi lança mais uma cortina de fumaça
As desculpas do treinador vão se esgotando em meio ao mau futebol do time

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Renato Portaluppi precisa do título da Copa do Brasil. Não para permanecer no comando do Grêmio, onde tem renovação encaminhada para ser manter como o técnico há mais tempo em um clube do Brasil na atualidade. Ele precisa do troféu porque o futebol do Tricolor definhou na temporada passada e as desculpas do treinador estão se esgotando - e se tornando cada vez mais caricatas.
Renato é craque em desviar o foco quando o time deixa a desejar no campo. Após a derrota em casa para o Palmeiras no jogo de ida da final, esbravejou contra a arbitragem citando lances fora de discussão. Outro dia, reclamou também que as cobranças não condiziam com o nível de investimento em contratações do Grêmio, como se estivesse citando um time de folha salarial modesta e elenco mediano.
Renato tem muito crédito e sua quase unanimidade no clube é fruto do que ele construiu desde 2016, mesmo ano em que venceu a Copa do Brasil. Na temporada seguinte, o título da Copa Libertadores o alçou a um status ainda mais poderoso, o que lhe deu autonomia até para negligenciar seguidas edições do Campeonato Brasileiro, dando preferência aos torneios de mata-mata. Mas todo ciclo longo tem seus desgastes naturais, e Renato parece estar diante de um cenário complexo, em que precisará administrar a saída de jogadores importantes, como Pepê, e a chegada de reforços para qualificar o grupo atual.
Sua intolerância a críticas pode tornar este caminho ainda mais doloroso. E só mais um título da Copa do Brasil pode dar a ele agora tranquilidade e argumentos para reativar o personagem vitorioso, mas também de pouca modéstia.
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