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Exclamação do Editor: ‘O circulo vicioso do poder na CBF’

Futebol brasileiro não vai parar durante a Copa do Mundo. Mais um absurdo que demonstra a falência do atual modelo que impera no país pentacampeão mundial

Marco Polo Del Nero, presidente da CBF (Lucas Figueiredo/CBF)
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A decisão da CBF de marcar cinco rodadas do Brasileirão da Série B durante o período da Copa do Mundo vai muito além de uma mera desorganização.​ Desnuda uma praga que assola nosso fut há anos. É ​u​ma consequência direta da falência do atual modelo que impera no futebol brasileiro, que começa nos processos eleitorais, passa pela passividade dos clubes em reagir e acaba na forma caudilhesca como atua a CBF.

Por que chegamos a esse ponto? Por que seremos, muito provavelmente o único país do mundo civilizado da bola que não vai parar ​enquanto durar a​ Copa da Rússia?

Tudo, como tudo no futebol​ tupiniquim​, origina-se na insistência da dinastia Teixeira/Marin/Del Nero e de todos os seus asseclas de ocasião em manter o poder a qualquer custo. O calendário é do jeito que é, comprimido e sem datas, pela decisão de manter ​em pé os falidos estaduais da forma que são, ocupando quase três meses do​ ano. E manter os estaduais é agradar os caciques das federações, cooptá-los com benesses que os transformem em cordeiros-eleitores e fiéis escudeiros do presidente afastado da CBF – aquele que não pode deixar o Brasil com medo de ser preso.

Não importa a Del Nero, Feldman e outros beneficiários de altos salários e mordomias, que este calendário seja causador de imensos prejuízos aos clubes e aos torcedores, a real razão de existir a CBF. Eles só trabalham por seus próprios interesses.

É este circulo vicioso de poder que impede a adoção do calendário mundial, que barrou o árbitro de vídeo no Brasileirão deste ano, que permitiu a venda de mando de campo desprezando as questões esportivas, que brigou para vetar e briga para derrubar as contrapartidas da lei do Profut.

Já não bastam mais avanços paliativos. Já não temos um caso em que corrigir os rumos é possível. Só uma mudança estrutural profunda, com a profissionalização das entidades e dos clubes, a formação de uma Liga independente e a democratização do processo eleitoral poderá mudar, de fato, essa situação.