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Entenda a fórmula do Real Madrid na venda de seus jogadores da base

Clube adota política na venda de seus jogadores da base

Gonzalo García comemora golaço pelo Real Madrid (Foto: Javier Soriano/AFP)
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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porNathalia Gomes,
Dia 25/07/2025
12:02
Atualizado há 1 hora

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Nos últimos anos, além de contratar talentos, o Real Madrid também tem revelado talentos. Apesar disso, com a grande gama de astros no elenco, o clube merengue desenvolveu um modus operandi de como tratar as suas joias: vendê-los, mas não definitivamente. Entenda como funciona a fórmula da equipe madrilenha:

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Quem é revelado por Real Madrid e deixa o Bernabéu, raramente sai por completo. Ao contrário de outras equipes que vendem jovens promessas e encerram os laços, o Real Madrid prefere vender mantendo algum controle sobre o futuro desses atletas. É assim que cria uma rede de segurança para eventual repatriação - ou para lucrar com transferências futuras.

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Entenda o modus operandi do Real Madrid

O caso de Fran García ilustra muito bem a fórmula do Real Madrid. Em 2021, o lateral foi vendido ao Rayo Vallecano por 2 milhões de euros. A transferência, no entanto, não foi definitiva. O Real manteve 50% dos direitos do jogador, o que lhe permitiu, dois anos depois, recomprá-lo por apenas 5 milhões de euros - metade da cláusula de rescisão. O lateral havia se valorizado e, graças à cláusula acordada anteriormente, o clube exerceu sua preferência e o trouxe de volta.

Fran García em ação no Rayo Vallecano (Foto: AFP)
Fran García em ação no Rayo Vallecano (Foto: AFP)

Esse modelo é hoje comum em Valdebebas. Vendas com retenção de 50% dos direitos garantem ao Real duas possibilidades: recomprar o atleta por metade do valor da cláusula ou lucrar com uma futura venda. Se outro clube adquirir o jogador por 10 milhões de euros, por exemplo, o Real embolsa metade. Um sistema vantajoso para os dois lados - clube e jogador - e que preserva o vínculo com o Bernabéu.

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Além de Fran García, outros nomes seguem o mesmo roteiro: Jacobo Ramón, que está próximo de se transferir para o Como, Chust, para o Cádiz, Yusi, no Alavés, Chema Andrés, no Stuttgart, Arribas, no Almería, Marvin, em Las Palmas, Álvaro Rodríguez, no Elche, e Latasa, para o Valladolid. Todos têm contratos que deixam o Real Madrid observando suas evoluções.

Clube também mantém uma claúsula de recompra

Mas o Real Madrid vai além. Em alguns casos, acrescenta uma cláusula de recompra imediata, como fez com Miguel Gutiérrez, atualmente no Girona. Ele pode ser readquirido por 9 milhões de euros, conforme estipulado. Situação semelhante à de Víctor Muñoz, vendido ao Osasuna com opção de recompra - e também com 50% dos direitos mantidos.

Víctor Muñoz entrando na partida no confronto entre Real Madrid e Barcelona, válido por La Liga (Foto: Reprodução)
Víctor Muñoz entrando na partida no confronto entre Real Madrid e Barcelona, válido por La Liga (Foto: Reprodução)

Outro recurso utilizado é o direito de preferência, presente nos contratos de jogadores como Kubo, Antonio Blanco e Gila. A cláusula obriga o novo clube a notificar o Real Madrid caso receba uma proposta de outro interessado. Assim, os blancos têm a chance de igualar a oferta e recuperar o atleta. Mais um exemplo da obsessão por manter algum tipo de controle sobre suas “crias”.

Os jogadores revelados por "La Fábrica" não saem completamente. Podem até ser vendidos ou emprestados, mas sempre haverá um mecanismo, por menor que seja, que permita o Real Madrid intervir e analisar sobre o futuro do jogador.

Base do Real Madrid gera lucro e talento

Na pré-temporada nos Estados Unidos, por exemplo, Xabi Alonso convocou 34 atletas, sendo 10 formados em Valdebebas - quase 30% do elenco. Considerando nomes como Carvajal, Fran García, Lucas Vázquez e Asensio, esse número sobe para 41%.

Entre os nomes mais valiosos estão Gonzalo, joia de 21 anos com cláusula de 50 milhões de euros e forte interesse da Premier League; Víctor Muñoz, vendido por 6 milhões de euros para o Osasuna com recompra possível; Jacobo Ramón, que deve ir ao Como mantendo os 50%; e Yusi, prestes a assinar com o Alavés por 3 milhões de euros em um contrato de quatro anos.

Outros como Chema Andrés, Fortea, Diego Aguado, Mario Martín, Fran González e Sergio Mestre também seguem com futuro monitorado. Alguns continuarão no Castilla, outros já despertam o interesse de clubes da Bundesliga, Premier League e Série A italiana. Mas em todos os casos, o Real Madrid mantém um plano.

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