Paratleta em Tóquio sobreviveu após ser presa pelos pais em bomba suicida: ‘Eu só perdi minhas pernas’

Os pais morreram no atentado e a nadadora que tinha apenas um ano foi adotada por uma família dos Estados Unidos

Haven Shepherd - Paratleta da natação
Haven vê o lado positivo na vida após o atentado (Foto: Reprodução/Instagram)

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A viatnamita Haven Shepherd, de 18 anos, estreou nesta sexta-feira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, pela equipe dos Estados Unidos de natação, país onde foi naturalizada ao ser adotada após passar pelo momento mais difícil de sua vida com apenas 1 ano de idade.

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A paratleta foi vítima de uma bomba suicida explodida pelos pais biológicos dela, que tomaram a atitude ao serem flagrados em uma relação extraconjugal em meio a sociedade conservadora viatnamita e enxergavam na morte de toda a família a única saída. Os dois morreram no atentado, mas Shepherd sobreviveu, não sem sequelas, já que precisou amputar as pernas.

Os avós biológicos colocaram a menina para adoção, onde ela foi encontrada pela família biológica que a levou para os Estados Unidos. 

- Sou muito agradecida por ter sido salva. Não entrei em choque e só perdi minhas pernas. Eu poderia ter perdido a vida. Você tem que olhar sempre para o lado positivo. Eu sei que aconteceu algo muito ruim, mas eu escapei. Eu tive uma segunda chance - relatou ao Serviço de Informação dos Jogos.

- Você não pode controlar a vida. Você só pode controlar como você reage às coisas. [...] Se você olha em volta, todos nós temos pequenos defeitos e machucados por toda parte e todos somos imperfeitos - completa Haven.

Em Tóquio, a medalhista de prata e bonze nos Jogos Parapan-americanos de Lima, em 2019,  compete também na prova dos 100 metros nado peito, classe SB7, na próxima terça-feira à noite, horário de Brasília.

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